1 – Aquecimento de bombas nucleares com galinhas
Em 1957, no auge da Guerra Fria, a Grã-Bretanha planejou enterrar uma série de ogivas nucleares em território alemão, que serviriam como um mecanismo de proteção no caso de o exército soviético tentar invadir a Europa. Entretanto, havia um problema: as temperaturas de inverno do norte da Alemanha, onde as armas nucleares seriam enterradas, eram muito frias e impediam que a parte eletrônica das bombas funcionasse.
Assim, os melhores cientistas militares da Grã-Bretanha passaram a trabalhar e vieram com a ideia mais ridícula possível: galinhas. Segundo as brilhantes mentes britânicas, as galinhas produziriam calor corporal o suficiente para manter os circuitos eletrônicos na temperatura ideal. Devidamente abastecidas com a quantidade certa de ração, as aves viveriam pelo tempo necessário para que as bombas permanecessem operantes. Eventualmente, o projeto foi cancelado, não porque ele era absurdamente louco, mas porque a Grã-Bretanha estava preocupada com os aspectos políticos da detonação de ogivas nucleares em um país aliado, o que faz muito mais sentido.
Desde os anos 1960, a Marinha os Estados Unidos mantem um departamento ativo dedicado à formação de criaturas do mar para a guerra. Mais comumente, os golfinhos são treinados para detectar minas submarinas e alertar a patrulha que estiver nas proximidades.
Em Seattle, golfinhos e leões marinhos da Califórnia também são treinados para detectar intrusos humanos. Quando um golfinho porventura encontrar um suspeito, nadará até o barco da Marinha mais próximo, então, um leão-marinho será enviado para abordar o invasor, travando uma braçadeira de metal em torno dos pés do atônito mergulhador. É incrível, mas é pura verdade.
A União Soviética também teve uma unidade militar em tempos de guerra para treinar mamíferos marinhos. Os soviéticos adestraram golfinhos para atacar navios inimigos através da diferenciação entre o som das hélices dos navios. Há alguns anos, esse golfinhos foram vendidos para o Irã para atuarem no Golfo Pérsico, eles receberam o hilário apelido de "mercenários".
3 – Falcões caçadores de pombos correios
Antes da comunicação de longa distância estar amplamente disponível, pombos-correio eram usados para enviar mensagens. Na Segunda Guerra Mundial, somente o Reino Unido usou um número estimado de 250 mil pombos-correio para enviar mensagens para as tropas atrás das linhas inimigas, especialmente em situações onde os soldados não podiam usar o rádio. É a tática perfeita: um pombo treinado pode viajar mais de 1800 quilômetros a uma localização precisa, e eles não enviam nenhum sinal que possa ser rastreado pelo inimigo. Contudo, já que esse método não era exclusivo de qualquer exército, os alemães também enviavam mensagens via pombo correio.
Sendo assim, os britânicos passaram a treinar uma pequena força de falcões peregrinos para patrulhar a costa da Grã-Bretanha e interceptar os pombos-correio nazistas. O projeto parece ter sido bem-sucedido; pelo menos dois pombos inimigos foram capturados vivos e retidos como "prisioneiros de guerra", não é nenhuma piada, porque nessa época, pombos foram condecorados por "atos de bravura".
4 – A bomba de morcegos
Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de cientistas militares de ambos os lados do conflito pesquisavam exaustivamente maneiras de obter alguma vantagem sobre o inimigo. A bomba de morcegos foi uma ideia que veio dos americanos, cujo codinome era Project X-Ray .
Desenvolvida por Lytle S. Adams e realmente aprovada para uso pelo presidente Roosevelt, a arma consistia em um grande bomba oca, repleta de morcegos em hibernação. A certa altitude, a bomba se abriria e os morcegos, acordados pelo ar quente, cobririam os céus do território atacado.
Cada morcego levava uma pequena carga com dezessete gramas de napalm. Quando os morcegos pousassem nas árvores e casas do Japão, as minúsculas bombas se inflamariam, deixando tudo em chamas. O projeto chegou ao ponto de ser uma das principais estratégias americanas, sendo que milhares de morcegos da espécie Tadarida Brasiliensis foram importados para a fabricação do terrível armamento, mas ele acabou por ser abandonado para que mais recursos fossem investidos na bomba atômica.
5 – Ratos detectores de minas terrestres
Uma das lembranças mais viscerais das guerras passadas é a presença de minas terrestres espalhadas por incontáveis zonas de combate. Elas apresentam um perigo real para os civis, e estima-se que pelo menos setenta países ainda tenham minas enterradas e ativas.
Detectar e desarmar minas com o trabalho humano é demorado e mortal, por essa razão, os animais são muitas vezes utilizados nessa arriscada tarefa. A cientista Charlotte D'Hulst está trabalhando em um rato geneticamente modificado que será capaz de trabalhar com os soldados para limpar com precisão mais de 300 metros quadrados de terra em apenas algumas horas.
Os ratos são modificados para detectar cheiros 500 vezes mais fracos do que os ratos normais seriam capazes de fazer e são pequenos o suficiente para não detonar acidentalmente nenhuma mina no processo, potencialmente salvando milhares de vidas.
- Veja também: Um brinquedo que detona minas terrestres
6 – O exército russo de humanzés
Na década de 1920, Josef Stalin pôs em marcha um plano para criar uma raça de super soldados cruzando a genética humana com a do chimpanzé. Ele colocou o cientista veterinário, Ilya Ivanov, à frente do projeto, cujo objetivo era a criação de um "ser humano invencível, insensível à dor."
Ivanov passou a trabalhar na Guiné Francesa e lá tentou engravidar chimpanzés fêmeas com o esperma humano, usando seu próprio material. Registros dos experimentos sugerem que ele só usou três chimpanzés para o projeto de inseminação, embora tenha levado outras dez quando voltou para a Rússia.
A próxima etapa do experimento envolvia o uso de esperma de macaco para engravidar uma mulher, mas pelo que podemos deduzir, isso nunca aconteceu, porque o único macaco em idade reprodutiva à disposição de Ivanov morreu antes que a experiência pudesse começar.
7 – Os cães guerreiros da Grécia
Embora os cães sejam amplamente utilizados em guerras hoje em dia, eles não são exatamente armas. Na Grécia antiga, no entanto, os cães guerreiros talvez fossem os adversários mais ferozes com os quais um homem pudesse se confrontar nos campos de batalha.
No século VII antes de Cristo, a cidade grega de Magnésia começou a incrementar suas forças militares com mastins treinados, cães que podiam pesar até 113 quilos. Os gregos enviavam os animais para a batalha a fim de quebrar a formação da tropa inimiga, com os soldados os seguindo logo atrás, para tirar vantagem do caos. Pode parecer cruel, mas tenha em mente que esses cães eram tratados como qualquer outro soldado, até o ponto de serem equipados com uma armadura para protegê-los na batalha.
8 – O uso de feromônios para atrair abelhas e vespas sobre o inimigo
Em 1994, a Força Aérea dos Estados Unidos iniciou um projeto para desenvolver armas não letais para uso em combate. O relatório completo listava várias formas possíveis para atacar os inimigo com bombas químicas sem matá-lo, apenas, digamos, deixando-o irritado. Por exemplo, uma bomba desse tipo poderia conter feromônios para atrair abelhas ou vespas para picar os soldados inimigos. Outra combinação química deixaria o oponente com "halitose severa e duradoura (mau hálito)."
Finalmente, a categoria de número 3 sugeria o uso de fortes afrodisíacos que "causariam um comportamento homossexual entre as tropas do inimigo." Em outras palavras, a Força Aérea Americana considerava fabricar uma "bomba gay".
- Veja também: O poder do feromônio no mundo dos insetos
9 – As bombas de cobra de Aníbal
Qualquer historiador lhe confirmará que Aníbal foi um genial líder militar. Seu gênio estratégico desempenhou um papel decisivo nas Guerras Púnicas e foi uma enorme pedra no sapato de Roma durante anos. Aníbal é provavelmente mais famoso por liderar uma força de invasão, incluindo elefantes, através dos Alpes, até então supostamente intransponíveis, para atacar Roma do interior, de onde menos se esperava, entretanto, a mais bizarra e criativa estratégia de Aníbal ainda estava por vir.
Anos após as Guerras Púnicas, Aníbal envolveu-se em uma batalha contra Eumenes II, rei de Pérgamo. Era uma batalha naval e o cartaginês estava em desvantagem. Mas ele veio preparado, Aníbal já havia descoberto qual navio transportava o rei. Quando as duas frotas estavam alinhadas para o combate, Aníbal começou a lançar potes cheios de cobras venenosas diretamente na embarcação que transportava Eumenes, ignorando o resto da frota inimiga. O rei assustado, virou-se e fugiu, com o resto dos seus navios o seguindo.
10 – Mísseis guiados por pombos
Outra ideia equivocada surgida durante a Segunda Guerra Mundial: o Projeto Pombo, um plano militar para colocar pombos dentro do cone do nariz de um míssil, a fim de orientá-lo corretamente para o alvo. Isso foi antes da era dos mísseis guiados e a ideia recebeu muita atenção por parte dos militares americanos.
O plano era criar um cone de nariz especial que encaixaria em um míssil Pelicano. Cada cone teria três compartimentos para alojar pombos treinados e uma tela que indicava o percurso do míssil. À medida que o míssil caía em direção ao seu alvo, os pombos bicariam na tela, alinhando o míssil na direção certa. Os pombos seriam treinados previamente para reconhecer o alvo, de modo que se o míssil saísse da rota, eles bicariam nos controles para corrigir o curso.
Depois de algum financiamento inicial, o projeto foi vetado por não ser muito prático, mas sem dúvida, a ideia daria um grande filme da Pixar.
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