10 mistérios inexplicáveis do universo

"Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes: Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?" – estas belas palavras são parte do salmo 8, elas registram a admiração do salmista pelo poder de Deus refletido no céu noturno. De fato, nada nos lembra tanto da nossa insignificância como o universo. Apesar de todo o conhecimento, de toda a ciência que acumulamos durante os séculos, a humanidade está apenas engatinhando quando se trata dos mistérios além do nosso planeta. Esta lista olhará para 10 enigmas científicos contidos no céu estrelado. Divirta-se!


10 - A estrela que não deveria existir


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A estrela em questão é chamada SDSS J102915 172927. Em 2011, uma equipe de astrônomos europeus a descobriu  na constelação de Leão. É uma pequena estrela com apenas cerca de 80% do tamanho do nosso Sol  e acredita-se que tenha em torno de 13 bilhões de anos. Desde que o universo como o conhecemos é calculado como tendo em torno de 13,7 bilhões de anos, SDSS J102915 172927 é considerada uma das mais antigas estrelas sobreviventes. Nada é particularmente incomum sobre esta estrela ... exceto que, segundo todas as  teorias, ela não deveria sequer existir.

A estrela é composta de 99,99993% de hidrogênio e hélio,  elementos que são leves demais para condensar e formar uma estrela por conta própria. Quando esses números são colocados em qualquer  simulação de computador, o resultado diz sempre que a existência de tal estrela não é possível. Astrônomos estupefatos estão intrigados sobre como uma estrela poderia ter se formado sem a ajuda de elementos mais pesados; a investigação está em curso.

9 – A estrela rodeada por espirais

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Localizada a 400 anos-luz da Terra, na constelação de Lupus, SAO 206462 ganhou a atenção de astrônomos em 2011. O que surpreendeu não foi a própria estrela, mas o que a rodeava: braços espirais girando em torno dela. Espirais não são estranhas no espaço, sendo uma das formações comuns para as galáxias, mas os cientistas nunca tinha observado uma rotação assim em torno de uma estrela.

A causa? Ainda é um mistério, apesar de uma teoria amplamente aceita especular que a gravidade de planetas próximos atraia a poeira que orbita a estrela, formando os espirais. No entanto, não há evidências suficientes para apoiar esta teoria. Até que planetas sejam realmente detectados,  o mistério continuará.

8 – A estrela eternamente jovem

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Messier 4 é um aglomerado globular de estrelas,  a cerca de 7.200 anos-luz de distância da Terra. Em astronomia, acredita-se que os aglomerados globulares formam-se quando todo o material utilizado na formação de estrelas foi consumido. Isso significa que todas as estrelas  de um aglomerado globular devem ser muito antigas, já nos estágios finais da vida. Ao olhar para as estrelas deste aglomerado em particular, em setembro de 2012, uma equipe de astrônomos chilenos encontrou uma estrela rica em um material chamado de lítio.

Apesar do lítio não ser um elemento raro em uma estrela, ele é um composto que queima normalmente nos primeiros bilhões de anos do ciclo de vida das estrelas. Como a maioria das estrelas sobreviventes neste aglomerado tem em torno de 10 bilhões de anos, encontrar uma estrela com este elemento foi como encontrar um adolescente vivendo em um asilo: ela simplesmente parece não  pertencer ao lugar. Os cientistas teorizam que a estrela pode ter encontrado uma maneira de  reabastecer os suprimentos de lítio, que de certa forma a mantem longe do envelhecimento. Muitos já apelidaram o mistério de "a fonte da juventude estelar". Exatamente como é feito esse reabastecimento de lítio, é um enigma que deixa os astrônomos perplexos .

7 – As estrelas que escaparam de um buraco negro


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Este mistério trata provavelmente de vários milhões de estrelas, ao invés de apenas uma. Localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra, a galáxia de Andrômeda é a galáxia espiral mais próxima da nossa. No centro desta galáxia há um buraco negro supermassivo, como um enorme aspirador de pó, tão forte que nem a luz consegue escapar.

Em 2005, o telescópio espacial Hubble deu um zoom no núcleo da galáxia e revelou um disco em forma de panqueca azul rodando perigosamente perto do buraco negro. Outras análises mostraram que o brilho não era apenas poeira superaquecida: ele vinha de milhões de jovens estrelas azuis. Essas estrelas estão girando em torno do buraco negro há mais de 2,3 milhões de quilômetros por hora. Isso é rápido o suficiente para circundar a terra no equador em apenas 40 segundos. O que intriga sobre este disco é que ele não deveria existir, segundo o que acreditamos saber sobre as forças gravitacionais em torno de buracos negros. O gás que o formou e as próprias estrelas deveriam ter sido dilacerados pela imensa gravidade do buraco negro. Como eles foram capazes de permanecer intactos em uma órbita tão próxima do perigo? Ainda não temos a resposta.

6 – A estrela siamesa

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Swift J1822.3-1606 é um tipo especial de estrela – conhecido como estrela de nêutrons – ela está localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância, na constelação de Ophiuchus. Estrelas de nêutrons são um dos possíveis estágios finais na vida de uma estrela. Elas são criadas quando estrelas com massa maior a oito vezes a do Sol esgotam sua energia nuclear e passam por uma explosão de supernova.

Há tipos diferentes de estrelas de nêutrons: magnetar, com os campos magnéticos mais fortes do universo, e pulsar, que dispara feixes de radiação eletromagnética de seus polos. Durante anos, tudo o que sabíamos sobre essas estrelas nos dizia que só poderia formar-se uma estrela de nêutrons com características de uma ou outra classe, nunca de ambas. Porém, em 2011, foi descoberta a Swift J1822.3-1606 com as propriedades das duas categorias. Ela é a segunda estrela já encontrada com tais características.

O mistério? Os astrônomos  não tem ideia de como Swift J1822.3-1606 pode eventualmente exibir propriedades de ambas as estrelas, estamos ainda muito longe de descobrir o segredo por trás desses misteriosos corpos celestes.

5 – O planeta  que deveria ter sido engolido

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A estrela Wasp 18 está a 330 anos-luz de distância, na constelação de Fênix, ela tem cerca de  25% mais massa do que o nosso Sol. Nessa entrada, o  verdadeiro mistério não e a própria estrela, mas sim , o que está em sua órbita.

Em 2009, Coel Hellier, da Universidade de Keele, descobriu que Wasb 18 tinha um planeta. Apelidado de Wasp-18b, o planeta é ligeiramente maior do que Júpiter, mas tem cerca de 10 vezes a massa do nosso gigante. Isto  está pouco abaixo da massa que  o tornaria uma anã marrom. O quebra-cabeças para os astrofísicos é que o planeta orbita a menos de 2 milhões de quilômetros de sua estrela-mãe. Em comparação, Mercúrio está a quase 36 milhões de quilômetros do nosso Sol.

Wasp-18 fica tão perto de sua estrela, que completa sua órbita em menos de 23 horas e sua temperatura na superfície é de cerca de 4.000 graus Fahrenheit (2.200 graus Celsius). Estando tão perto, o planeta deveria, eventualmente,  ter sido engolido por seu sol, mas tem sobrevivido por cerca de 680 milhões de anos. Dada a massa da estrela que orbita, este planeta deveria ter sido consumido há muito tempo. Como o planeta foi capaz de formar-se e manter-se em um local onde os planetas eram considerados incapazes de existir, é uma questão que continua a deixar os astrônomos perplexos.

4 – A poeira estelar que voltou para casa


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PSR B1257 +12 é um remanescente de uma explosão de supernova, sendo assim, os cientistas nunca esperavam encontrar planetas perto dele. Mas eles descobriram um sistema solar inteiro: três planetas e um planeta anão orbitam este pulsar. Os cientistas começaram a olhar para outros pulsares, para descobrir se o fenômeno era comum, no entanto, encontraram somente mais um caso semelhante: um pulsar com apenas um planeta a orbitá-lo.

O processo pelo qual tais planetas foram capazes de se formar ainda não é bem compreendido. A teoria mais aceita é que eles se formaram de maneira semelhante aos do nosso sistema, a partir de uma nebulosa estelar composta de gás e poeira que originalmente cercava a estrela. No entanto, todo esse  material  deve ter sido jogado a bilhões de quilômetros no espaço na explosão da supernova. Como o gás e a poeira foram capazes de retornar ao pulsar restante e formar quatro colossais planetas ? O mistério permanece.

3 – O sumiço do disco estelar


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V838 Monocerotis está localizada na constelação de Monoceros, à cerca de 20.000 anos-luz da Terra, e era considerada uma das maiores estrelas do universo.

Em 2002, o brilho da estrela aumentou de repente. Pensou-se que o fenômeno fosse uma simples nova, que é o que acontece quando o núcleo remanescente de uma estrela morta (conhecida como anã branca) acumula muito gás hidrogênio a partir de uma estrela vizinha, causando uma explosão fantástica. A estrela apagou-se depois de algumas semanas, como era esperado, e os cientistas registram o fato como uma simples nova.

Mas, menos de um mês depois, a estrela explodiu em luz novamente. Uma vez que o período de tempo entre as explosões era muito curto para ser causada por duas novas separadas, os astrônomos ficaram intrigados e  olharam para o caso com mais atenção. Foi então que eles descobriram o problema: não havia nenhuma anã branca. A estrela tinha simplesmente explodido por si só e repetido este processo de brilho e escurecimento várias vezes ao longo dos próximos meses. Durante sua erupção de brilho, a estrela tornou-se um milhão de vezes mais brilhante do que o sol e uma dos astros mais brilhantes no céu.

Normalmente, as estrelas brilham mais antes da morte, mas as medições indicaram que V838 Monocerotis tinha apenas alguns milhões de anos, uma simples criança estelar. Quando o Telescópio Hubble capturou uma imagem da estrela, após as erupções, uma grande nuvem de gás e detritos foi vista acelerando para longe da estrela. Uma teoria é que ela havia colidido com algo invisível, talvez  outra estrela ou um planeta, mas os cientistas ainda estão intrigados e, 10 anos depois, o fato ainda não tem explicação.

2 – O planeta errante


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CFBDSIR 2149 - 0403 é classificado como uma anã marrom, ou seja: uma estrela que não conseguiu iniciar a fusão nuclear em seu núcleo e tornar-se uma estrela ardente. Embora caracterizada como uma estrela do sistema AB Doradus, devido ao seu tamanho e massa, muitos cientistas classificam CFBDSIR 2149 - 0403 como um gigante de gás. Isso o tornaria um planeta sem uma estrela-mãe, algo amplamente teorizado, mas só raramente observado.

Apenas quatro possíveis candidatos ao título de "planeta órfão 'são conhecidos, o  mais próximo da Terra está à cerca de 130 anos-luz. Sem uma grande estrela para orbitar, o movimento do planeta é influenciado por outras estrelas do grupo AB Doradus. Isso não quer dizer que ele viaja através do espaço sem destino, um equívoco comum sobre planetas órfãos, contudo, esse astros ainda são um grande enigma para a astronomia.

1 – O desaparecimento da poeira estelar


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TYC 8241 2652 está localizada a 450 anos-luz de distância na constelação de Centauros. Acredita-se que tenha em torno do mesmo tamanho que o nosso Sol, porém, ela é apenas uma criança com 10 milhões de anos de idade em comparação com os 4,5 bilhões anos da nossa estrela. De 1983 a 2008, os astrônomos monitoraram  um anel brilhante de poeira ao redor da estrela, na esperança de observarem o começo de uma possível formação de planeta, o que lhes daria alguns insights sobre como nosso sistema solar se formou.

Mas, no início de 2009, os astrônomos ficaram surpresos: quando olharam através de seus telescópios, eles não viram nada, a não ser a própria estrela. O outrora visível disco brilhante de poeira tinha ido embora. Ele não deixou nenhum vestígio de planeta em formação ou qualquer pista de seu destino, simplesmente desapareceu. Os cientistas estavam confusos. Quando perguntado sobre isso, o astrônomo Carl Melis simplesmente declarou: "Nós não temos uma explicação realmente satisfatória para explicar o que aconteceu em torno desta estrela."

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