Inglaterra e Brasil entraram na Copa do Mundo de 1970, no México, com grandes esperanças. Os ingleses eram os campeões do mundo, o Brasil vencera em 1958 e 1962, porém, havia sido vergonhosamente eliminado na fase de grupos em 1966. Apesar do vexame de quatro anos antes, o futebol brasileiro voltava a encantar o mundo, com uma equipe de cinco camisas 10: Pelé, Jairzinho, Rivelino, Gerson e Tostão.
Muitas pessoas previam que o confronto entre Inglaterra e Brasil seria o ensaio para uma final inevitável. Não foi, mas o jogo em si, não decepcionou. Ainda hoje, mesmo aqueles que não sabem muito sobre o futebol e sua história, reconhecem os momentos emblemáticos deste jogo: os incríveis chutes de Alan Ball e Jeff Astle, a marcação de Bobby Moore sobre Pelé, a cabeçada de Lee defendida milagrosamente por Félix, e, é claro, a defesa notável de Gordon Banks numa cabeçada de Pelé, mencionada constantemente como a melhor defesa da história das Copas do mundo.
O memorável gol de Jairzinho deu a vitória ao Brasil por 1-0, mas este jogo ainda teve mais um momento icônico para oferecer: de Pelé e Bobby Moore, o grande atacante e o grande defensor, trocando suas camisas. O que faz do momento tão atemporal, é que você dificilmente pode dizer quem ganhou e quem perdeu com base no toque, nos sorrisos e nos olhos dos dois atletas.
A foto foi tirada por John Varley. Após o apito final, Varney ficou perto de Bobby Moore, esperando que Pelé viesse abordá-lo. Pelé assim o fez e o resto é história fotográfica. Varney, um dos muitos fotógrafos que retrataram a cena, quase não pode ir para o jogo, seu carro havia quebrado e ele teve que pedir carona. Correspondente de guerra do Daily Mirror, Varney era um fanático fã de futebol, e pediu em seu contrato, que o jornal lhe desse uma folga a cada quatro anos para que ele pudesse cobrir a Copa do Mundo, o que, de fato fez de 1966 a 1982.
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