A superstição como arma na Guerra do Vietnã

A superstição é uma antiga companheira da humanidade. Ela escraviza as pessoas desde que o primeiro ser humano se deparou com algo que não podia  explicar, um simples relâmpago rasgando o céu numa tempestade, por exemplo, e continua atormentado as mentes mais frágeis até aos dias de hoje, época em que a ciência tem condições de oferecer respostas plausíveis para quase todas as nossas grandes indagações.

Nas mãos dos espertos, a superstição tem sido a ferramenta para espoliar e dominar os ingênuos. Basta uma breve pesquisa nos livros de história e encontraremos relatos de oráculos, sacerdotes, astrólogos, magos e toda espécie de crápulas que usaram a superstição para enriquecer, para massacrar os indesejados e para conduzir os homens aos campos de batalha.

Na guerra, aliás, a superstição foi usada muitas vezes como arma, como um instrumento poderoso para minar o ânimo  ou para infiltrar o medo no coração dos inimigos. Um exemplo clássico é o do comandante persa Cambisses II. Sabendo que os egípcios adoravam gatos, ele ordenou que o seu exército atacasse o país das pirâmides usando uma tática estranha, porém eficaz: gatos foram colocados à frente de suas tropas como escudo. Os egípcios não ofereceram resistência. Era melhor se render diante dos persas do que cogitar a possibilidade de ferir um ser sagrado.

Mais próximo de nós, temos o caso da superstição sendo usada pelos americanos na Guerra do Vietnã. Entre os vietnamitas havia a crença de que os mortos deviam ser enterrados, do contrário, suas almas vagariam pela terra, incapazes de encontrar descanso. Durante a Guerra do Vietnã, o exército americano produziu gravações de vozes fantasmagóricas sobre sons estranhos, que soariam aos seus inimigos vietcongues como sendo os gemidos das almas errantes. A tática não  deu muito certo, como narra a história, mas temos o registro da sinistra gravação, que você pode conferir no vídeo abaixo.

Almas errantes nas selvas do Vietnã? Não, apenas o uso da superstição como instrumento de guerra

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