10 eventos esquecidos que moldaram o mundo moderno

Todo ser humano é um acontecimento único, algo que não se repete. Entretanto, apesar dessa individualidade, somos o resultado de eventos históricos que ocorreram dezenas, centenas e até milhares de anos antes do nosso nascimento. Alguns desses eventos são grandiosos, estudados e lembrados com afinco; outros foram esquecidos e só são conhecidos pelos aficionados por história. Nesta postagem, falaremos sobre dez exemplos desses acontecimentos "esquecidos", que teriam alterado a nossa atual sociedade e, possivelmente, a nossa própria existência, caso não tivessem ocorrido.


10 – O corte de fornecimento de água pesada para os nazistas

Resistência norueguesa
Para desenvolver armas nucleares, é preciso uma grande quantidade de "água pesada", ou óxido de deutério. Ele é usado para produzir isótopos para armas nucleares, ou seja, Plutônio-239. A fábrica de produtos químicos da Norsk Hydro,  em Vemork,  na Noruega, vinha produzindo água pesada desde 1934, a uma taxa de doze toneladas por ano. Reconhecendo que os cientistas alemães tentavam criar uma arma nuclear, as forças aliadas alertaram a resistência norueguesa em 1940, incentivando-a a destruir as instalações.

Apesar de uma série de fracassos, o abastecimento de água pesada para os alemães foi interrompido em 1943. Em 1944, um único comando norueguês conseguiu esgueirar-se para perto de uma balsa transportando água pesada e afundá-la, finalmente minando o plano da Alemanha de fabricar armas nucleares. A Alemanha tinha a capacidade científica para produzir armas nucleares, porém, não tinha os materiais necessários. Sem a ação da resistência norueguesa, os nazistas poderiam ter fabricado a bomba atômica e alterado os rumos da guerra.


9 – A gripe espanhola

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Em 1918, o mundo se alegrava com o fim da Primeira Guerra Mundial. Infelizmente, uma faceta da morte tão sinistra quanto a guerra começava a surgir: a gripe espanhola. Em dois anos, o vírus matou entre cinquenta milhões a cem milhões de pessoas. Diz-se que a gripe espanhola matou mais em 25 semanas do que a AIDS em 25 anos e mais em um único ano do que a peste bubônica em um século. O surto deu aos cientistas modernos, a primeira chance de estudar uma epidemia, abrindo o caminho para grandes avanços na medicina.

Além disso, o grande fluxo de pacientes levou a um boom no campo da medicina, o aumento do salário para os médicos incentivou muitas pessoas a entrar na profissão, uma tendência que continua até hoje. Para melhor ou para pior, a gripe espanhola também introduziu a ideia do "remédio lucrativo" no mundo, dando início à moderna indústria farmacêutica.


8 – A expulsão dos cristãos do Japão

Expulsão dos cristão do Japão

No início dos anos 1600, missionários católicos no Japão tinham sido bem sucedidos na conversão de uma série de poderosos senhores feudais,  angariando assim, um número surpreendente de discípulos ao catolicismo. Em 1639, o xogum Tokugawa Lemitsu expulsou todos os cristãos da ilha, temendo  o crescimento da população católica e as rebeliões que esse grupo estava causando. Se Tokugawa não tivesse expulsado os cristãos, é provável que, com o tempo, um xogum católico subisse ao poder no Japão.

Uma aliança com o papa também poderia ter promovido uma aliança com a França e a Espanha,  colocando o Japão ao lado da França e da Espanha durante os sete anos de guerra contra a Inglaterra, sendo provável a derrota dos britânicos. Tal derrota, teria tornado a colonização da América pelos ingleses improvável, remodelando o mundo como nós o conhecemos.


7 – A Revolução Haitiana


Revolução Haitiana

Conhecido pelos franceses como Saint-Domingue, o Haiti foi fundado após uma violenta revolta de escravos que durou de 1791 até 1804. A ilha era muito valorizada pelos franceses porque as lucrativas safras de cana-de açúcar  engordavam  as fortunas dos ricos da Europa. Mais importante ainda, Napoleão usava os fundos destes canaviais para manter um ponto de apoio na Louisiana. Incapaz de conter a rebelião, Napoleão foi forçado a abandonar suas esperanças de estabelecer um novo império francês na América, já que não tinha mais os recursos para fazê-lo.

Endividado após treze anos de  guerra contra os haitianos, Napoleão vendeu o território da  Louisiana ao governo norte-americano  por um preço incrivelmente baixo. A Revolução Haitiana, portanto,  ajudou a formar o moderno Estados Unidos e também impediu a  França de construir  um império nas Américas.


6 - A Conferência de Bretton Woods


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Em 1944, com a Segunda Guerra Mundial começando a desacelerar, 730 delegados de todas as quarenta e quatro nações aliadas se reuniram em um grande hotel em New Hampshire. A reunião foi realizada na tentativa de "proibir práticas  prejudiciais para a prosperidade mundial."

Para resumir, um sistema bancário internacional seria estabelecido. Após essa reunião, o Fundo Monetário Internacional foi fundado, todas as moedas eram obrigadas a ser conversíveis para o comércio mundial e as taxas de câmbio foram modificadas de modo que uma nação não fosse favorecida em detrimento de outra. As ideias fundadas na conferência levaram ao desenvolvimento do Banco Mundial. Em suma, a economia internacional como agora conhecemos e (ocasionalmente) apreciamos, pode ser rastreada até uma reunião nos remansos rurais de New Hampshire.


5 – A Guerra da Criméia


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A Guerra da Criméia colocou o Império Otomano, o Império Francês e o Império Britânico contra o Império Russo, em 1854. Embora as forças aliadas tenham vencido a guerra, o Império Otomano foi forçado a tomar empréstimos maciços da França e da Inglaterra. Sessenta anos depois, ainda fortemente endividados com os franceses  e com os ingleses, os otomanos escolheriam lutar ao lado dos alemães na Primeira Guerra Mundial, na esperança de que uma vitória anulasse seus empréstimos existentes.

Infelizmente para os otomanos, eles foram derrotados. Franceses e ingleses impuseram uma terrível vingança contra os antigos aliados. Eles dividiram o Império Otomano em vários países, criando novas fronteiras e entidades políticas. Isso, em essência, formou o Oriente Médio como o conhecemos hoje e lançou as sementes para muitos dos problemas que encontramos na região atualmente.


4 - O almirante Matthew Perry abre o comércio com o Japão

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Em 1854, após séculos de isolamento japonês (veja o número oito), o almirante americano Matthew C. Perry teve sucesso em fazer o Japão abrir-se ao comércio exterior. Ainda essencialmente uma nação feudal, os líderes japoneses começaram a perceber o enorme abismo tecnológico que havia entre seu país e o resto do mundo industrializado.

Em sua tentativa de se modernizar rapidamente, o Japão precisava criar um império, uma vez que os vastos estoques de recursos necessários para a modernização não poderiam ser adquiridos a partir da ilhas japonesas. Isto levou a  invasão japonesa da Coréia, que  naquele tempo, era um estado vassalo da China. O Japão juntou-se aos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial e continuou a expandir seus territórios após o conflito mundial.

Em 1931, o Japão invadiu a Manchúria, contrariando e irritando as nações ocidentais. Em resposta, o Japão retirou-se da Liga das Nações em 1933. Em 1937, o Japão passou a atacar a China; a Indochina Francesa  seria a próxima em 1940. Isso levou os Estados Unidos a impor um embargo de petróleo contra o Império Japonês. Não podendo continuar os seus esforços de guerra na China sem petróleo, o Japão atacou Pearl Harbor, preparando o palco para o Teatro do Pacífico da Segunda Guerra Mundial, e, finalmente, dando início à era atômica.


3 – O naufrágio do Titanic e o nascimento do rádio como diversão


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Dizer que o naufrágio do Titanic é um evento  esquecido não é correto, já que o terrível conto deste cruzeiro notório foi contado e recontado inúmeras vezes, contudo, poucos sabem que algo bom nasceu daquele infortúnio: a idade de ouro do rádio. Após o naufrágio do Titanic, tornou-se obrigatório que os navios tivessem telégrafos sem fio e um rádio tinha que ser instalado, tendo que ficar aberto o tempo todo, com um homem sempre pronto para operar o equipamento. Longos turnos de trabalho ao lado de um rádio quieto  era algo muito chato, então, os operadores começaram a tocar instrumentos e canções uns para o outros como forma de entretenimento.

A ideia se espalhou rapidamente  e logo  o rádio se tornou o meio usado para espalhar notícias e entreter as famílias ao redor do globo. Apesar da terrível tragédia, o naufrágio do Titanic abriu caminho para o rádio tornar-se a primeira forma verdadeiramente global de entretenimento.


2 - A Guerra dos Bôeres

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A Guerra dos Bôeres , na verdade, consistiu de duas guerras separadas, travadas entre colonos de origem holandesa e o Império Britânico no que é hoje a África do Sul. A primeira guerra durou de 1880 até 1881, a segunda ocorreu entre 1899 a 1902. A segunda guerra foi a mais cruel, com civis bôeres capturados  pelos britânicos e aprisionados em campos de concentração - a primeira vez que esse método foi usado por uma potência moderna.

O Império Alemão via os britânicos como fracos, apoiando abertamente os bôeres e os seus aliados. Insultados pelos alemães, envergonhados por sua incapacidade de lidar com os rebeldes, os britânicos tornaram-se mais envolvidos na política mundial, fortalecendo os laços com a Rússia e com a França e  mantendo-se hostil em relação a Alemanha. Esta animosidade continuaria a crescer, chegando ao auge na Primeira Guerra Mundial, evento que  definiria o curso do século XX.


1 - A morte de Ogedei Khan

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Em 1241, Ogedei Khan, o imperador do Império Mongol e filho de Genghis Khan, faleceu. Pouco antes de sua morte, ele havia aprovado um plano para invadir a Europa Ocidental, visando inicialmente atacar Viena, na Áustria, e continuar avançando para a Alemanha, Itália, França e Espanha. Esta operação ficaria a cargo de Batu Khan, porém, ele teve que voltar à Mongólia para a eleição do próximo khan.

Após a morte de Ogedei, os príncipes mongóis realizaram uma eleição e escolheram Guyuk Khan para liderar o Império, mas não antes de cinco anos se passarem. Durante o reinado de Guyuk, Batu Khan sentiu-se muito velho e fraco para invadir a Europa Ocidental  e o Império Mongol nunca mais chegou perto de conquistar a região.

Em torno do mesmo tempo, as ideias básicas do sistema bancário moderno e os conceitos do capitalismo estavam sendo desenvolvidos na Áustria. A invasão mongol em tal momento, poderia muito bem ter dado fim a essas primeiras incursões no que é atualmente o sistema econômico mais importante do mundo.

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A superstição como arma na Guerra do Vietnã

A superstição é uma antiga companheira da humanidade. Ela escraviza as pessoas desde que o primeiro ser humano se deparou com algo que não podia  explicar, um simples relâmpago rasgando o céu numa tempestade, por exemplo, e continua atormentado as mentes mais frágeis até aos dias de hoje, época em que a ciência tem condições de oferecer respostas plausíveis para quase todas as nossas grandes indagações.

Nas mãos dos espertos, a superstição tem sido a ferramenta para espoliar e dominar os ingênuos. Basta uma breve pesquisa nos livros de história e encontraremos relatos de oráculos, sacerdotes, astrólogos, magos e toda espécie de crápulas que usaram a superstição para enriquecer, para massacrar os indesejados e para conduzir os homens aos campos de batalha.

Na guerra, aliás, a superstição foi usada muitas vezes como arma, como um instrumento poderoso para minar o ânimo  ou para infiltrar o medo no coração dos inimigos. Um exemplo clássico é o do comandante persa Cambisses II. Sabendo que os egípcios adoravam gatos, ele ordenou que o seu exército atacasse o país das pirâmides usando uma tática estranha, porém eficaz: gatos foram colocados à frente de suas tropas como escudo. Os egípcios não ofereceram resistência. Era melhor se render diante dos persas do que cogitar a possibilidade de ferir um ser sagrado.

Mais próximo de nós, temos o caso da superstição sendo usada pelos americanos na Guerra do Vietnã. Entre os vietnamitas havia a crença de que os mortos deviam ser enterrados, do contrário, suas almas vagariam pela terra, incapazes de encontrar descanso. Durante a Guerra do Vietnã, o exército americano produziu gravações de vozes fantasmagóricas sobre sons estranhos, que soariam aos seus inimigos vietcongues como sendo os gemidos das almas errantes. A tática não  deu muito certo, como narra a história, mas temos o registro da sinistra gravação, que você pode conferir no vídeo abaixo.

Almas errantes nas selvas do Vietnã? Não, apenas o uso da superstição como instrumento de guerra

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O resultado de se deixar uma namorada ao partir para a guerra

A Guerra do Rife (1911-1927), foi o confronto resultante da revolta das tribos do Rife (região montanhosa do norte de Marrocos) contra a ocupação colonial espanhola. Os homens das tribos marroquinas tinham uma longa tradição de habilidades e  experiência no campo de batalha, enquanto que o contingente espanhol era composto principalmente de recrutas que não entendiam  nada de guerra e só pensavam em  voltar  para casa.

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Um desses jovens soldados causava admiração a todos os seus companheiros do destacamento, mostrando continuamente carinho  e preocupação para com a  sua namorada: diariamente ele escrevia cartas para ela, elogiava a moça e mostrava a fotografia dela para os camaradas de armas.  Os mais experientes, porém, alertavam o recruta apaixonado com um sábio lembrete: distância é esquecimento.

Um dia, ele recebeu uma carta da namorada, quando viram  a expressão do rapaz, seus amigos perceberam que era uma má notícia ... ela o havia abandonado porque  tinha encontrado alguém com quem planejava se casar e também pedia-lhe que devolvesse a foto. Como ter o moral baixo e a cabeça em outro lugar no meio de uma guerra é abraçar a morte, seus  companheiros decidiram dar uma mão ao desiludido, para que ele pudesse responder com dignidade à  ex-namorada. Eles coletaram fotografias de noivas e namoradas de todo o destacamento, incluindo a do supracitado  e  enviaram para a moça em um pacote, com uma nota do soldado:

"Faça o favor de pegar a sua e devolver-me o resto. Peço desculpas, mas realmente não me lembro qual é a sua."

beijo

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Amphicar - um incrível carro anfíbio

O Amphicar é um automóvel anfíbio, o primeiro veículo desse tipo produzido em massa  para a venda ao público, a partir de 1961. O veículo foi projetado pelo alemão Hanns Trippel e fabricado pelo Grupo Quandt em Lübeck e em Berlim-Borsigwalde. Seu nome é uma junção de  das palavras "anfíbio" e "carro".

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O Amphicar foi projetado para ser comercializado e vendido nos EUA. Em comparação com a maioria dos barcos ou carros, o seu desempenho era modesto e apenas 4.000 foram produzidos até 1965. No entanto, ele ainda está entre os mais bem sucedidos automóveis anfíbios civis de todos os tempos, e como item de coleção, está entre os automóveis mais valorizados da atualidade.

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A última execução pública na guilhotina

Devo admitir que eu estava completamente errado em relação à história das execuções por guilhotina. Na minha cabeça, esta prática estava totalmente associada com a Revolução Francesa, portanto,  nunca imaginei que ela havia chegado até aos nossos dias. A última decapitação na guilhotina ocorreu há apenas 36 anos, na França. A duvidosa honra de ser o último executado na guilhotina caiu sobre o imigrante tunisiano Hamida Djandoubi, a 10 de setembro de 1977, embora o uso legal do instrumento ainda levasse mais quatro anos para ser abolido.

A primeira morte na guilhotina ocorreu em 25 de abril 1792 com a execução do ladrão e assassino Jaques Pelletier . Embora tradicionalmente associada com a Revolução Francesa, a  guilhotina e dispositivos idênticos foram usados ​​muito mais cedo em locais tão diversos como Grã-Bretanha , a Alemanha ou a Suécia a partir do século XIII.

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Execução pública do rei Luís XVI

O nome guilhotina é devido ao médico e humanista Joseph Ignace Guillotine , que recomendou-a como o método mais humano para a execução da sentença de morte, uma vez que reduzia a dor dos condenados. A produção do modelo usado pela primeira vez na França foi realizada pelo alemão, fabricante de cravos, Tobias Schmidt , auxiliado por seu amigo, o carrasco de Paris, Charles-Henri Sanson. A história da guilhotina é amplamente conhecida, nela morreram figuras históricas importantes, como o rei Luís XVI, Maria Antonieta ou o mesmo Robespierre .

A guilhotina é uma máquina  constituída por uma lâmina de aço com um contrapeso na parte superior de cerca de 60 a 70 quilos, a qual desliza em alta velocidade sobre os carris para fazer a decapitação dos condenados. De acordo com alguns estudos, por vezes, a cabeça permanecia consciente até 30 segundos depois de separada do corpo.

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Modelos de guilhotinas usados na França

Desde 1792, milhares de pessoas foram executadas na guilhotina, condenadas pela lei francesa. Durante grande parte do século XX, muitas vozes importantes  pediam a abolição da pena de morte, e, portanto, da guilhotina.
Em julho de 1974, Djandoubi sequestrou Elizabeth Bousquet e levou-a para a residência dele, onde, à vista das prostitutas que agenciava, agrediu fisicamente Elizabeth e a torturou com um cigarro aceso, queimando-a nos seios e na área genital. Elizabeth Bousquet sobreviveu às agressões e torturas. Sendo assim, Hamida Djandoubi levou-a de carro para os arredores de Marselha e estrangulou-la.

Após a detenção e subsequente, Djandoubi foi condenado à morte em fevereiro de 1977. Depois de vários apelos, todos julgados improcedentes, a execução foi realizada na manhã de 10 de setembro de 1977. Embora, na última hora houvesse sido feito um recurso para o próprio Presidente, naqueles anos Valéry Giscard d'Estaing , ele foi rejeitado e  a execução ocorreu. O próximo presidente, Françoise Mitterand proibiu o uso da guilhotina em 1981.

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       Prisão e execução de  Djandoubi

A abolição do uso da guilhotina na Europa foi progressivo. Na Suécia , a guilhotina deixou de ser usada em 1910, na Bélgica , em 1918, na Alemanha Ocidental , em 1949, e na antiga República Democrática Alemã em 1969. O carrasco de Djandoubi foi Marcel Chevalier . Ele foi o último carrasco oficial da história da França.
Outro verdugo famoso na história da guilhotina foi Fernand Meyssonier (que disse não ter tido um único arrependimento em toda a carreira). Em em todos os seus anos como  carrasco profissional, Meyssonier acumulou  mais de 220 ​​execuções.

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A última rainha do Havaí

Liliuokalani (1838 - 1917) foi a última monarca do Havaí. Ela herdou o trono de seu irmão, Kalakaua, em 29 de Janeiro de 1891. A rainha foi deposta em 17 de janeiro de 1893 e renunciou temporariamente a seu trono "às  superiores forças militares dos Estados Unidos". Liliuokalani esperava que os Estados Unidos, assim como a Grã-Bretanha fizera antes na história havaiana,  devolvesse a soberania do Havaí ao titular de direito, o que nunca aconteceu.

Liliuokalani foi presa em 16 de Janeiro de 1895, alguns dias após a fracassada Contra-Revolução. Ela negou qualquer conhecimento da rebelião em seu julgamento, mesmo assim, foi condenada a cinco anos de trabalhos forçados e multada  em cinco mil dólares. A sentença foi comutada para prisão em um quarto no andar de cima do Iolani Palace, onde ela compôs músicas, incluindo a  Oração da Rainha (Ke Aloha o Ka Haku).

1870s
Liliuokalani em 1870


1900
Liliuokalani em 1900


1917
Liliuokalani em 1917, seu país nunca lhe foi devolvido pelos americanos


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Liliuokalani com o escritor Robert Louis Stevenson, autor de A Ilha do Tesouro

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