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10 falsificações de selos usadas como arma psicológica na Segunda Guerra Mundial
O conceito de guerra evoca imagens de homens armados, espionagem e armamento pesado, contudo, a guerra psicológica também tem desempenhado papel crucial nos conflitos entre nações. Ser capaz de semear discórdia e descontentamento no coração do inimigo tem efeito poderoso. A propagação de mensagens pode cobrir uma ampla gama de objetivos: apontar o mal despercebido pelo inimigo, a representação positiva da própria facção ou zombar das ideologias do lado oposto. Na Segunda Guerra Mundial, a prática de falsificar selos postais foi empregada tanto pelo Eixo como pelos Aliados, no esforço de angariar a simpatia para si mesmo e minar o ânimo do inimigo.
10 – Esta guerra é uma guerra judaica
Este selo propaganda (baixo), produzido pelos nazistas no campo de concentração de Sachsenhausen, era uma falsificação do selo inglês de 1935, emitido para comemorar o jubileu de prata do reinado do rei Jorge V. O selo oficial tem estampado o retrato do rei, mas os nazistas o substituíram pelo retrato de Josef Stalin, ladeado por estrelas de David e por martelos e foices soviéticos. As datas foram ajustadas e enquadradas na legenda: "Esta guerra é uma guerra Judaica". A falsificação transfere a culpa da guerra para os ombros do povo judeu, ligando Stalin com os inimigos do nazismo e suplantava o rei britânico pela figura do líder soviético.
9 – A falsa coroação
Semelhante ao selo do jubileu de prata que acabamos de ver, o original desse(superior) foi emitido em 1937 para comemorar a coroação de Jorge VI e mostra ele e sua esposa, a rainha Elizabeth. No selo falsificado (em baixo), Stalin, mais uma vez aparece, desta vez no lugar da Rainha, e, novamente, os símbolos da foice, do martelo e da estrela de David foram introduzidos. A imagem do novo rei em parceria com Stalin é bastante contundente, e até mesmo para o olho moderno, imediatamente sugere que a nação britânica está sendo anexada ao império soviético. No topo, o selo traz a lenda ", S.S.S.R Britannia", talvez para semear desconfiança sobre as verdadeiras intenções, dos então, aliados soviéticos, entre o povo da Grã-Bretanha. Dividir para conquistar parece ser a intenção primordial dessa falsificação.
8 – A paródia de Himmler
Selos falsificados com a imagem de Heinrich Himmler (centro e direita) foram emitidos pela British Special Operations Executive (SOE). Eles foram concebidos para imitar selos alemães que retratavam Hitler (à esquerda). A premissa era que Hitler estava paranoico com a desconfiança de que Himmler planejava se tornar o Führer, e que selos, com a imagem do novo líder alemão, já estavam sendo impressos. Injetar o sentimento de insegurança no inimigo era tática fundamental na guerra psicológica durante a Segunda Guerra Mundial. Esse selo explorava qualquer ansiedade que Hitler possa ter tido sobre as ambições de Himmler.
7 – A amizade ítalo-alemã
Foram impressos dois selos falsificados com foco na relação entre Berlim e Roma. Os selos originais mostravam Hitler e Mussolini de frente um para o outro de maneira formal. Os britânicos redesenharam um deles (canto inferior esquerdo), substituindo o texto italiano de "Dois povos, uma guerra" com a frase em alemão, "Dois povos, um líder." (canto superior esquerdo). O retrato de Hitler foi alterado e o mostra rosnando para Mussolini, que parece surpreso, bem diferente da versão oficial. O outro selo foi alterado sutilmente, de modo que à primeira vista parece ser o original (canto inferior direito), embora esteja com cores diferentes. Nele, os britânicos só mudaram o logotipo do correio italiano para "Dois povos, uma guerra", escrito em alemão (canto superior direito).
6 – Tudo para a Noruega ou tudo para a Alemanha?
Mais uma vez preparado pelo SOE, na Grã-Bretanha, esse selo é bastante incisivo em sua mensagem. Ele retrata um nazista rotundo, com um porco debaixo do braço, saqueando o gado de um morador norueguês. Nele está o slogan "Tudo para a Alemanha!", um trocadilho com o lema da monarquia norueguesa: "Tudo para a Noruega". Esse selo foi despejado aos milhares por aviões ingleses na Noruega ocupada, na tentativa de promover a resistência dos noruegueses. Apesar da natureza informal, desenhos como esse desempenharam papel crucial na propaganda durante a Segunda Guerra Mundial. Até mesmo o renomado Theodor Geisel, autor de livros para crianças, usou o talento para criar personagens destinadas a apoiar o esforço de guerra.
Veja também: Os quadrinhos e a propaganda de guerra americana
5 – Quisling
Vidkun Quisling é um nome que foi imortalizado na língua norueguesa e no Collins Thesaurus of the English Language como sinônimo de traidor da pátria e colaborador dos inimigos do país. Depois de entregar os noruegueses aos nazistas para ganho pessoal, Quisling se tornou figura odiada e desprezada pelos seus compatriotas. A SOE britânica criou um selo que mostrava Quisling de perfil, com uma corda a enquadrar o retrato e uma legenda que dizia: "A conduta de Quisling trouxe a ele desonra e desprezo." Depois da guerra, Quisling foi julgado e considerado culpado de alta traição e outros crimes. Em 1945, ele foi executado, não por enforcamento como sugere o selo, mas por um pelotão de fuzilamento.
4 – General Erwin Von Witzleben
Esse esforço de propaganda é interessante em muitos níveis. Erwin von Witzleben foi comandante do exército alemão. Ele foi condecorado e ficou gravemente ferido na Primeira Guerra Mundial. Na Segunda Guerra Mundial, após a Queda da França, foi nomeado Comandante Chefe do Oeste, mas logo retirou-se do cargo e aposentou-se, alegando problemas de saúde. Algumas fontes sugerem que a aposentadoria foi forçada pelos nazistas, descontentes com as críticas de Von Wizlebem ao regime de Hitler.
Witzleben foi figura chave da tentativa de assassinar Hitler no atentado de 20 de julho, na Toca do Lobo, planejado por Claus von Stauffenberg. Como Marechal, ele assumiria o Comando Supremo de todas as forças militares alemãs. Com o fracasso do golpe, Witzleben foi preso em Berlim em 20 de julho de 1944, quando se preparava para assumir o comando das tropas dos conspiradores. Foi, então, expulso do Exército por uma Corte marcial estabelecida para julgar os militares envolvidos no golpe. Em 7 de agosto de 1944, Witzleben foi condenado pelo juiz nazista Roland Freisler à pena de morte. No dia seguinte, na prisão de Plötzensee, em Berlim, foi enforcado com uma corda de piano, sendo a execução filmada para posterior projeção para Hitler.
Os britânicos criaram um selo que parodiava a questão alemã, com um retrato de Von Witzleben no lugar do oficial da Sturmabtellung. A parte superior continha um sóbrio: "Enforcado em 08 de agosto de 1944."
3 - Cruzes e caveiras
Retratar o inimigo como a própria morte ou como arauto dela foi uma tática muito usada pelos Aliados. Um exemplo famoso é a paródia do conjunto de selos lançado em 1937 para comemorar o 48 º aniversário de Hitler. No original (à esquerda) está o retrato normal do líder nazista, mostrando o lema: "Quem quer salvar o seu povo deve pensar heroicamente." No entanto, o Escritório de Serviços Estratégicos Americano descarnou o retrato de Hitler e o colocou sobre uma linha de 13 cruzes. Abaixo da imagem está escrito: "Império Alemão 1944" - sugerindo que o Führer e seu governo destinavam-se apenas a matar e a destruir a humanidade.
2 - Goering
Hermann Goering, o comandante-em-chefe da Luftwaffe, também foi destaque em um selo falsificado, que o mostrava preso atrás de uma cerca de arame com a data de seu 51º aniversário. Ele parodia o selo de 1943 que comemorava o 54º aniversário de Hitler. A diferença com a imagem de Goering é que ele não é um trabalho oficialmente produzido nos os EUA ou na Inglaterra. Enquanto alguns classificam-no como uma falsificação britânica, outros especialistas acreditam que o selo foi produzido privadamente, por alguém interessado em lucrar com a guerra. De qualquer maneira, ao substituir o tema pretendido de um selo por outro, ele ganhou lugar nesta lista.
1 – Operação Flocos de Milho
O Escritório de Serviços Estratégicos Americano imprimiu selos falsificados em grande escala como parte da Operação Flocos de Milho ( Operation Cornflakes ). A operação era simples: trens do serviço postal eram bombardeados. Em seguida, malas postais com cartas devidamente endereçadas e seladas — mas contendo propaganda anti-nazista — eram lançadas de aviões e espalhadas entre os destroços. Esperava-se que o serviço postal alemão misturasse as cartas verdadeiras com as falsas e entregasse ambas no destino correto. Embora algumas das cartas tivessem falsificações realistas de selos fixadas nelas, outras incluíam a versão que mostrava a cabeça de Hitler como um crânio descarnado, com seu cabelo e bigode ainda reconhecíveis, mais uma vez, de modo explícito, associando o ditador alemão com a morte. Enquanto a propaganda nazista em torno de Hitler focava na imagem do líder dedicado de uma nova Alemanha mais forte, esse selo profetizava derrota e sofrimento para os alemães, presságios sombrios que se tornaram realidade no desfecho da Segunda Guerra Mundial.
O ritual Kukeri ou o sinistro Dia dos Monstros da Bulgária
Sob o céu escurecido por nuvens espessas, eles surgem nas ruas ao som tétrico de sinos. Em breve, eles entrarão nas casas dos moradores, pela força, se preciso for. As faces deles são uma mistura terrível de presas, chifres retorcidos e grandes olhos arregalados. Eles estão vestidos em peles de animais ou outros materiais grossos e sinetas em seus cintos tilintam, aumentando a teatralidade sinistra das criaturas. Esses monstros não falam, somente caminham e dançam, armados com várias armas. O ritual remonta a milênios, para uma época em que deuses pagãos eram adorados e espíritos malignos considerados ameaça séria.
A cada ano, em um dia após o Ano Novo e antes da Quaresma, o festival de Kukeri é comemorado na Bulgária. É uma tradição herdada dos trácios antigos e das festividades a Dionísio, o deus trácio e grego associado ao vinho, à fertilidade e ao renascimento. O festival está repleto de simbolismo místico, mergulhado em uma tradição que representa o ciclo da vida, morte e renascimento.
Os trajes do Kukeri, como as figuras monstruosas são conhecidas, são elaborados, habitualmente usados pelos jovens da aldeia, geralmente solteiros ou recém-casados. Antigamente feitas de peles de cabras sacrificadas, atualmente as fantasias dos participantes são feitas de vários materiais, às vezes de simples pano para tapetes, dependendo dos costumes locais. Os Kukeris também carregam consigo tacos de madeira, espadas e cetros conhecidos como 'thyrsus' - emblemas da fertilidade que remontam ao culto do deus Dionísio.
As assustadoras máscaras de madeira (representando originalmente a cabra) usadas pelos Kukeris, muitas vezes têm maxilas articuladas que podem ser abertas e fechadas, bem como chifres, que podem ser reais ou fabricados de madeira. Às vezes, essas máscaras tem dois lados, um representando o bem e o outro o mal, para refletir o equilíbrio dessas forças na natureza. Às máscaras é creditado o poder de afastar espíritos malignos, e, uma vez vestidas, não podem ser tiradas durante o resto do dia. Um grande desafio, considerando o quão pesadas elas devem ser!
O Kukeri também pode adicionar vários outros artigos simbólicos em seus chifres como borlas, hera (que é sagrada para Dionísio), manjericão (a erva que significa o amor em algumas culturas), bem como pérolas e fitas. No passado, ser Kukeri era estritamente reservado para homens jovens, ligados pela idade ao ritual do amadurecimento. Nestes dias mais liberais, no entanto, homens e mulheres de todas as idades podem participar, desde que possam aguentar o peso dos pesados trajes por um dia inteiro.
No início do festival, os participantes se reúnem para escolher um líder que vai desempenhar o papel mais importante nas cerimônias. O traje deste Kukeri é feito dos couros de sete animais, feras das quais ele supostamente recebe as forças. Diferente de seus companheiros, ele pinta a cara de preto em vez de usar uma máscara e os chifres são presos direto na cabeça dele. O falo de madeira pendurado em seu cinto não deixa dúvidas quanto ao poderoso simbolismo subjacente a este festival: a fertilidade.
Uma vez que estão todos vestidos e prontos, o Kukeris iniciam a procissão ao som de muita música e aplausos. Eles não passeiam simplesmente, mas devem andar em um estilo rítmico particular, ao mesmo tempo que tocam os sinos presos nas cinturas. Apesar do enorme barulho que acompanha o desfile dos Kukeris, eles mesmos são proibidos de falar e de revelar suas identidades por trás das máscaras gigantes.
Durante o festival, o Kukeri líder executará vários rituais para dar saúde, fertilidade e boa sorte para o povo de sua aldeia. Isso inclui visitar todas casas do vilarejo, onde lhe será oferecido pão e vinho, símbolos de sangue e carne sacrificial mesmo em tempos pré-cristãos. O Kukeri em seguida, executará vários ritos, inclusive se esfregando no chão da casa visitada. No percurso através da vila, ele e os outros Kukeris encenarão duelos e outras demonstrações de sua masculinidade, incluindo atos sexuais! Ainda assim, tudo isso serve para abençoar as aldeias com prosperidade e, claro, com fertilidade.
Após toda a comunidade ter sido visitada, vem a peça final do festival, uma encenação de tons sombrios. O Kukeri chefe é amarrado a um arado, invenção muitas vezes creditada a Dionísio, e finge morrer enquanto o arado é puxado. As mulheres da aldeia, em seguida, polvilham com sementes o corpo de seu líder, levando-o a saltar e a tocar os sinos, uma clara alusão ao renascimento. Depois, as peles dos sete animais que ele usou durante a festividade são enterradas em sete lugares diferentes para garantir o futuro da fertilidade do solo e o falo preso ao seu cinto é dado a um homem sem filhos, por razões semelhantes.
O festiva Kukeri como é comemorado na Bulgária é remanescente de uma tradição que também já foi muito popular no norte da Grécia. Atualmente, várias versões do festival existem na Sérvia, Romênia, Espanha e Itália, mas a búlgara é a mais conhecida. Nas aldeias de todo o país, variações regionais são adicionadas ao processo, contudo, o significado essencial permanece o mesmo.
Proibido pelos comunistas quando eles estavam no poder na Bulgária, o festival, no entanto, sobreviveu e continua a atrair multidões para suas performances. O mais popular deles é chamado de Surva International Festival of Masquerade Games, [ ver vídeo ] e é realizado anualmente na cidade de Pernik. Pessoas de todo o mundo vão para lá, a fim de assistir e participar. O festival em Pernik conta com diferentes grupos de teatro de toda a Bulgária, Europa e até da Ásia e da África.
Em um mundo onde os rituais mágicos e místicos muitas vezes são desprezados, a tradição dos Kukeris nos leva ao passado esotérico da humanidade. E, apesar da atmosfera carnavalesca do festival nos dias de hoje, ele também nos lembra, que no fundo, as nossas esperanças e medos não mudaram tanto assim, afinal de contas!
21 fotos históricas de aviões nazistas abatidos na Batalha da Grã-Bretanha
Por três meses e três semanas, durante o verão e o outono de 1940, a Batalha da Grã-Bretanha assolou os céus sobre o sul da Inglaterra; a primeira grande campanha da Segunda Guerra Mundial travada inteiramente por forças aéreas. As incursões da Luftwaffe para dar à Alemanha a superioridade aérea sobre a Grã-Bretanha foram repelidas, contra todas as probabilidades, pelos pilotos da RAF.
Esta postagem traz 21 fotografias históricas de destroços de aeronaves da Luftwaffe, depois que elas foram abatidas ou obrigadas a aterrissar em solo britânico. Um fato interessante: a sucata dos aviões alemães foi derretida e reciclada pela indústria da aviação militar do Reino Unido.
A vitória decisiva da Grã-Bretanha impediu Hitler de lançar a Operação Leão Marinho - a invasão alemã da Grã-Bretanha - e é considerada um importante ponto de viragem na Segunda Guerra Mundial. Mas o custo foi significativo: 544 aliados e 2.698 alemães mortos em ação, com 1.547 aviões britânicos e 1.887 aeronaves alemãs destruídas.
O desfecho da Batalha da Grã-Bretanha foi a primeira grande derrota das forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, levando o primeiro-ministro britânico Winston Churchill a proferir as imortais palavras: "Nunca, no campo do conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos."
Famosos em sua última fotografia antes da morte
Algumas palavras proferidas antes da morte se tornaram célebres, porém, o mesmo não podemos afirmar sobre últimas fotografias tiradas antes do sono eterno. Palavras, mesmo ditas durante os instantes derradeiros, ainda podem refletir um pouco da genialidade, do carisma e do caráter daquele que as proferiu, enquanto que fotografias, geralmente revelam a fragilidade que a todos torna iguais, quando a morte vem reclamar seu tributo, ou então, foram tiradas em momentos inesperados, às vezes de pura descontração, momentos triviais onde os fotografados não imaginavam que aquela seria sua última fotografia.
Bob Marley
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