A maioria dos cientistas considera ridícula, mesmo que por um simples exercício da imaginação, a ideia de que a ciência, uma conquista humana construída na lógica e na razão, possa ter algo em comum com a religião. Os fiéis, por outro lado, relutam em discutir a hipótese de que a ciência, quase sempre ateísta, possa ser comparada à religião, uma instituição que busca a união com o divino.
Mas vamos mergulhar nessa comparação, com mente aberta e objetiva, e vamos ver se as duas são mesmo tão diferentes no final das contas.
10 - O homem como centro do universo
É compreensível que a religião queira colocar o homem no centro do universo, mas para a ciência, tal atitude não é condizente. No entanto, um grande número de astrofísicos e cosmólogos estão ansiosos para falar sobre como o universo está em conformidade com o "princípio antrópico".
O antropocentrismo, a suposição de que os seres humanos são os protagonistas no palco do universo, é abundante nas ciências, como é na religião, embora não exista absolutamente nenhuma razão científica para crer que para o universo, nós sejamos mais importantes do que as lesmas, golfinhos ou qualquer outra criatura deste planeta.
9 – A ciência não tolera heresias
A ciência, como muitos religiosos fundamentalistas, comporta-se zelosamente contra qualquer outra maneira de pensar que não siga os dogmas por ela impostos. É como se a ciência dissesse a seus seguidores: "Você não deve ter outros deuses diante de mim".
Se você tem alguma dúvida, tente pedir licença em uma convenção científica para fazer uma oração. A partir desse momento você será chamado de cientista teísta. Um herege. Um miasma. Uma abominação. Um exemplo é o de Kurt Gödel, visto circulando em Princeton após sua prova ontológica de Deus.
8 – A ciência reverencia seus próprios santos
O panteão de mártires da ciência pode ser pequeno, mas seus membros são reverenciados como cientistas muito maiores do que eles realmente foram. Tome Galileu Galilei, por exemplo, o santo padroeiro de todos os cientistas perseguidos por ordens religiosas. Ele, na verdade, pouco contribuiu para a ciência: a maioria de suas realizações foram técnicas, como a melhoria de telescópios. O sistema heliocêntrico, que algumas creditam ao cientista italiano, já era conhecido desde o século IV AC.
7 – A ciência inventa histórias para explicar nossas origens
Os sumérios, os babilônios, os gregos, os chineses, os astecas , todos tinham mitos sobre a criação, provavelmente inventados em torno do fogo, numa boa noite de contação de histórias. Todos eles levavam esses mitos muito a sério. Agora, é claro, temos a ciência para explicar as nossas origens.
O que acontece porém, é que ela não tem as respostas, então as inventa. Big Bang, seleção natural, evolução, nada disso pode ser provado cientificamente, é mais falácia do que ciência, é mais fantasia do que verdade empírica.
6 – A ciência tem seu próprio código de ética
Existem leis do direito, e há leis morais. E agora, de acordo com a ciência, há "leis de conduta científica". Todos os tipos de atrocidades são cometidas em nome da ciência. Um médico, por exemplo, pode ser coagido a dar um medicamento novo a um número de seus pacientes em um teste de drogas, sabendo que eles vão sofrer ou morrer mais cedo do que se tivessem recebido tratamento convencional. A justificativa é que o avanço científico tem precedência sobre a moralidade pessoal.
5 – A ciência tem seu próprio sacerdócio
Newton, Darwin e Einstein formam a santa trindade da ciência ocidental. E abaixo estão os deuses menores: Watson, Crick, Dawkins, Hawking, Dennet, Chomsky, Penrose e Sagan. E então você tem os principais sacerdotes: os vencedores do Prêmio Nobel, os escritores populares e as celebridades da mídia.
As opiniões deles são recebidas como sermões, as suas declarações são citadas como textos sagrados. As pessoas comuns são ridicularizadas se duvidarem das interpretações do sacerdócio. Mesmo para um cientista, questionar um membro de um nível superior é arriscar-se a cair em desgraça, a ser condenado ao ostracismo.
4 – A ciência é baseada em dogmas estabelecidos
Já se perguntou como no passado, os melhores médicos insistiam em certos tratamentos sem nunca perceber que seus pacientes pioravam? A resposta: a crença em tais tratamentos fazia parte do dogma científico da época.
Hoje não é tão diferente. Há dogmas e mais dogmas científicos. Qualquer um que questione tais dogmas é simplesmente rejeitado e ignorado, ou ridicularizado por tanto tempo quanto possível. A ciência, portanto, tem as mesmas características de uma religião fundamentalista.
3 – A ciência se adapta para acomodar tendências modernas
Se você acha que os cientistas estão imunes à pressão de agradar a opinião pública; pense novamente. Eu não estou considerando os anúncios feitos por cientistas sob regimes totalitários , porque considero que estes, é claro, foram forçados.
Em vez disso, usarei a abordagem científica à homossexualidade. Ela estava incluída na lista de distúrbios de personalidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais até a sua edição de 1973. Em seguida, foi removida apenas para ser substituída, um ano depois, por uma variante próxima, antes de ser removida completamente em 1986. A que evidências científicas se basearam as decisões de mudança, incluindo ou excluindo a homossexualidade entre os transtornos mentais? A opinião pública, apoiada por "evidência empírica" conveniente, desempenhou o papel fundamental nessa "conclusão científica".
2 – A maioria das teorias científicas é infundada
Matéria escura, energia escura, big bang, antimatéria, tudo soa como histórias plausíveis, porém, não há prova real para qualquer uma dessas teorias.
É isso mesmo - não há nenhuma prova para a existência de 96% daquilo que a ciência acha ser o universo. As teorias que supostamente explicam tudo (nós os chamamos de teorias para evitar chamar-lhes de estórias) são aceitas por nós como verdade. Por quê? Você perguntará. Porque temos fé - o que me leva ao ponto final.
1 – A ciência exige fé
Até mesmo cientistas altamente especializados, muitas vezes, seguem uma determinada linha de pensamento, e exploram as implicações de determinada teoria , rejeitando outras, com base em nada mais do que preferências intuitivas.
A maioria das pessoas que rejeitam a religião afirmam ter feito isso em favor das razoáveis e claras respostas fornecidas pela lógica e pela ciência. Quando lhes pedirem para explicar a origem do universo, elas mencionarão o Big Bang; quando lhes pedirem para explicar a origem dos seres humanos, elas vão citar a evolução.
Quando pressionadas para explicar as teorias acima, no entanto, elas logo percebem que realmente entendem muito pouco do assunto. Elas estavam demonstrando fé cega ao aceitar teorias sem compreendê-las plenamente. Se você não entende algo, mas aceita esse algo como a verdade, então você é simplesmente um crente – uma pessoa conduzida pela fé - você estará bem no centro do território da religião.
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