Sou apaixonado por concursos culturais. Criar uma frase de efeito, um slogan, um desenho, enfim, algo que nasça da criatividade, sempre me pareceu melhor do que confiar nos desígnios da sorte.
A crônica “Um sonho de Natal” foi escrita com essa finalidade. Ela participará do concurso “ Passatempo de Natal” promovido pelo blog Escola Dinheiro, do Paulo Faustino e pelo site de jogos OK Online Cassino, como o regulamento manda informar qual o prêmio desejado, escolhi o videogame XBOX 360 4GB + KINECT com dois jogos. O motivo pelo qual escolhi esse prêmio, está de certa maneira, implícito na crônica.
Um sonho de Natal
Natal é época de alegria, porém, a lembrança mais forte que eu tenho dessa data é a de um acontecimento de certo modo, melancólico. Foi lá, no distante ano de 1983.
Naquele tempo, o mundo parecia andar mais devagar. De um Natal a outro, tinha-se a sensação de que se passara uma década. Hoje em dia, a impressão é contrária, os meses voam numa velocidade alucinante e quando nos demos conta, dezembro já está às portas.
Que saudade! Há momentos em que fecho os olhos e viajo para aquela época. Da minha memória as lembranças fluem como um filme. Sinto o cheirinho dos biscoitos de Natal de minha avó. Vejo o presépio, ouço a cantoria da Folia de Reis, paixão do meu avô, nascido nos Açores, relembro os sermões de padre Miguel durante a Missa do Galo, e é claro, sinto a alegria de desembrulhar os presentes, deixados pelo Nicolau, era assim chamado o Papai Noel, outra herança portuguesa do meu vô.
Como era fácil ser criança, mas naquele ano, pela primeira vez senti o poder da propaganda, a sutil arte de nos fazer desejar aquilo que não precisamos. Havia chegado ao Brasil, o mitológico Atari 2600 que, rapidamente se tornou o sonho da garotada. O problema era o preço do brinquedinho, inalcançável para a maioria das famílias brasileiras.
Se você é jovem e só conhece o Brasil de economia pujante e estável, não pode imaginar o caos econômico do país na década de 80. A inflação devorava o já insignificante salario dos trabalhadores, não havia crédito, não existia compras a prazo, o que custava determinado preço num dia, no outro era cinco vezes mais caro. Eu, entretanto, no alto dos meus onze anos, não entendia nada disso… eu só queria o meu Atari.
Tamanha fixação tinha uma origem: um álbum de figurinhas. Em 1983 não havia internet, televisão a cabo e celular, mas os publicitários sempre encontraram um modo de atingir seu público alvo. Eu fui atingido pelo álbum de figurinhas do chiclete Ploc.
Caso você conheça o Atari 2600, sabe muito bem que os gráficos não tem nada de realísticos, as figurinhas do álbum entretanto, insinuavam gráficos mais avançados do que os modernos videogames. Além disso, para cada jogo havia uma história, um pequeno enredo. Eu que sempre amei a fantasia, me vi cercado de povos alienígenas, guerreiros poderosos, mundos desconhecidos e aventureiros audazes vivendo aventuras espetaculares. Eu desejava um Atari acima de tudo.
A fascinação por aquela maquininha era tamanha, que anos mais tarde, quando comecei a trabalhar, não tive dúvidas, a primeira coisa que comprei foi o Atari 2600.
Tudo isso amigo leitor, nos leva ao Natal de 1983, mais exatamente ao momento de abrir os presentes. A família reunida, tio Olavo fantasiado de Nicolau a perguntar do nosso comportamento e distribuindo balas , mamãe dando a cada um dos filhos o pacote com o tão desejado presente. Para Aninha, uma boneca, pro Betinho um carrinho, e pra mim… um tabuleiro de Damas?
- Mas eu queria um Atari - reclamei com a sinceridade inocente, mas às vezes cruel da crianças.
Meu pai então me olhou com tristeza, os olhos dele foram se enchendo de água e ele desabou num choro incontido. Foi a única vez que vi aquele homem chorar. Eram lágrimas de um homem diante de forças muito maiores do que ele. Eram lágrimas de quem se via impotente, de quem não aguentava mais pagar por problemas econômicos que iam muito além da compreensão das pessoas comuns.
Precisei casar, ter filhos e também negar a eles algo que eu não poderia pagar, para entender e sentir em toda plenitude a tristeza e humilhação do meu pai .
Se me fosse permitido mudar um único momento do meu passado, escolheria jamais ter dito aquela frase no Natal de 1983.
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