Parte humanos, parte máquinas, os ciborgues há muito tempo deixaram a ficção para invadir a realidade. A medicina tem usado a cibernética para melhorar a vida de muitas pessoas, mas existe quem tema que, os avanços tecnológicos na área, sejam usados para fins militares.
A seguir, veremos 10 ciborgues reais, pessoas que tem tecnologia incorporada em seus tecidos vivos. Alguns são fascinantes, outros inspiradores, todos são precursores do que está por vir.
1 – Rob Spence
Ao ficar cego de um olho aos treze anos, depois de um acidente com uma arma de fogo, o documentarista canadense Rob Spence decidiu que resolveria seu problema de maneira criativa: instalaria um olho biônico equipado com uma câmera e um transmissor sem fio. Batizou o projeto com um nome sci-fi: Eyeborg Project, procurou financiamento e conseguiu. Em 2009, se tornou o primeiro cineasta a não precisar carregar nada nas mãos para fazer seus filmes.
Eyeborg Project
2 – Neil Harbisson
Neil Harbisson nasceu com uma forma rara de daltonismo chamada acromatopsia, o que significa que ele só vê o mundo em preto e branco.
Em 2002. Neil conheceu o engenheiro de robótica Adam Montadon. Os dois então, se juntaram ao programador Peter Kase e criaram uma câmera que transforma as cores em ondas sonoras. Isto permite que Neil possa ouvir as cores, e atualmente, memorizou mais de 3 mil frequências diferentes. Com este implante, Neil pode pintar quadros com cores. E não só isso, pode pintar obras musicais. Depois de reconhecer qual onda sonora corresponde a tal cor, Neil já realizou várias pinturas de clássicos da música.
Neil Harbisson
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3 – Michael Chorost
Michael Chorost ficou surdo em 2001 e tem implantes cocleares em seus ouvidos internos. O resultado do implante, como diz em suas memórias, Rebuilt: How Becoming Part Computer Made Me More Human (Reconstruído: como me tornar parte computador fez de mim mais humano), de 2005, mudou sua vida. Ele é defensor da ideia de instalar computadores intracerebrais em todos. Assim a internet “seria parte integral do ser humano e seu uso seria tão natural quanto o de nossas próprias mãos”.
Michael Chorost
4 – Jesse Sullivan
Jesse Sullivan, de 60 anos, eletricista. Eletrocutado em acidente de trabalho em 2001. Perde os dois braços. Nunca pensou que poderia voltar a se pentear. Ou pôr as calças. O braço biônico desenvolvido pelo Instituto de Reabilitação de Chicago, lhe devolveu essa possibilidade.
Chamam-no de o homem biônico. Biônico porque com ele se conseguiu uma proeza: conectar seus nervos a eletrodos. Permitir que sua prótese fosse algo diretamente controlado por seu cérebro. Pensa em pegar um copo e o pega. O sonho da integração total entre homem e máquina.
Instituto de Reabilitação de Chicago
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5 – Cameron Clapp
Cameron perdeu ambas as pernas do joelho para baixo e teve o braço direito amputado bem próximo ao ombro quando caiu nos trilhos de um trem, há quase cinco anos, nos arredores de sua casa em Grover Beach Califórnia.
Após anos de reabilitação e experiências com uma série de próteses, cada uma tecnologicamente mais sofisticada do que a anterior, Clapp finalmente encontrou suas pernas: a C-Leg.
Lançada pela Otto Bock HealthCare, uma empresa alemã, o modelo combina tecnologia de computação com hidráulica.
“Tenho muita motivação e autoestima, mas talvez encarasse a minha situação de forma diferente se a tecnologia não estivesse, cada vez mais, do meu lado”, disse o jovem.
Cameron Clapp
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6 – Oscar Pistorius
Pistorius nasceu sem um osso chamado fíbula que fica na parte inferior das pernas, além de apresentar outros defeitos nos pés. Teve de amputar ambas as pernas na altura do joelho quando tinha 11 meses de idade. Pistorius é um atleta paraolímpico conhecido como "Blade Runner" , não foi permitido ao corredor, participar dos Jogos Olímpicos de Pequim, por considerar-se que Pistorius leva vantagem sobres os outros devido às suas avançadíssimas próteses.
Oscar Pistorius
7 – Claudia Mitchell
Claudia Mitchell, uma ex-fuzileira naval americana, se tornou a primeira mulher a receber o implante de um braço biônico, que pode ser controlado por impulsos emitidos pelo cérebro.
Claudia Mitchell, que perdeu todo o braço esquerdo num acidente de moto, agora só precisa pensar no movimento que quer fazer, para acionar o braço mecânico.
O braço é movido pelos músculos do peito que foram reconectados às terminações nervosas do braço verdadeiro que permaneceram intactas após o acidente.
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8 – Steve Mann
Steve Mann é considerado o inventor do "computador vestível" (werable computer), atualmente, Steve é professor do Departamento de Engenharia da Computação da Universidade de Toronto. Mann tem trabalhado no aperfeiçoamento das interfaces de seu “computador vestível” por mais de 20 anos, desde os anos 70. Ele levou suas ideias para o Massachusetts Institute of Technology em 1991, e lançou a semente pioneira do MIT Wearable Computing Project, onde recebeu o seu PHD em 1997. Mann ficou conhecido mundialmente por suas performances Ciborgue, onde utiliza seu computador vestível como uma extensão dos próprios sentidos, mantendo-se conectado em rede e reproduzindo as informações eletrônicas de maneira remota.
9 – Kevin Warwick
Kevin Warwick é um professor da Universidade de Reading (Reino Unido) especializado em cibernética. Kevin tem ocupado as primeiras páginas de diversas publicações por alguns microchips que implantou no seu próprio sistema nervoso para “interagir” com dispositivos eletrônicos. Usando seu microchip e uma conexão à internet, foi capaz de controlar os movimentos de um braço robótico a distância. O braço estava nos Estados Unidos, ele no Reino Unido, e podia movimentar e “sentir” o que o braço estava tocando.
Kevin Warwick
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10 – Wafaa Bilal
A mitologia tibetana fala de um Terceiro Olho no meio da testa, mas um professor de arte da Universidade de Nova York decidiu colocá-lo na nuca. Wafaa Bilal, expert em artes visuais reconhecido por suas obras interativas e interpretativas, fez um implante de uma diminuta câmera digital na nuca. Através do pequeno aparelho digital, o fotógrafo pretende captar uma imagem do que se passa nas suas costas a cada 60 segundos.
Durante um ano, as fotografias serão transmitidas em monitores do recente Museu de Arte Moderna, no Qatar, na exposição intitulada "The Third I" (em português, "O Terceiro Eu"). Em entrevista ao jornal "The Telegraph", Wafaa Bilal afirma que escolheu a parte de trás da cabeça para poder analisar todas "as coisas que nunca vê e acaba por deixar ficar para trás".
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