A história de um grande clube, ou uma grande seleção, não é feita somente de vitórias e conquistas. As derrotas também edificam a grandeza do futebol. Os adversários, são muitas vezes, quem nos forçam a evoluir. Essa é uma lição que vale também para os gramados.
A nossa seleção, ao longo da sua história, sempre teve adversários à altura do futebol brasileiro. Vencemos em alguns confrontos, mas também conhecemos o sabor amargo da derrota. Confira!
5 – Argentina
Sei que para nós, brasileiros, os argentinos são os grandes rivais no futebol, mas na verdade, eles só nos causaram uma derrota realmente importante. Foi na Copa de 1990, na Itália, quando Maradona e Cannigia despacharam a seleção de Lazaroni de volta para casa.
Nem mesmo na Copa realizada na Argentina, eles conseguiram nos derrotar, só foram campeões porque compraram e seleção peruana, cujo goleiro era nascido na Argentina.
Nós, entretanto, eliminamos nossos vizinhos de duas Copas do Mundo e nos últimos encontros, levamos franca vantagem sobre eles. Mas, vencer a Argentina é sempre uma tarefa muito difícil.
4 – Holanda
Nas quatro vezes que Brasil e Holanda se enfrentaram em Copas do Mundo, o vencedor chegou às finais do torneio. Em 1974, éramos campeões do mundo, mas não resistimos ao “Carrossel Holandês” de Cruijff, Neskeens e Cia. As duas seleções só voltariam a se encontrar 20 anos depois, na Copa de 1994. Jogo duro, o melhor daquele mundial. Vencemos por 3 x 2, com um gol decisivo de Branco, cobrando falta.
Em 1998, novo encontro com a Holanda, outra vez, na minha opinião, a melhor partida da Copa. Empate de 1 x 1 no tempo normal e na prorrogação. Na decisão por pênaltis, Taffarel nos deu a vitória.
Em 2010, encontramos novamente os holandeses, a lembrança da eliminação brasileira ainda está bem fresca na memória. Com dois gols de Sneijder, fomos derrotados por 2 x 1.
3 – Itália
Quando Brasil e Itália entram em campo, acontece o confronto de duas escolas opostas do futebol. De um lado, a criatividade e a vocação ofensiva dos brasileiros; de outro, o jogo coletivo, a ênfase na defesa, o futebol pragmático dos italianos.
As duas seleções já se encontraram em duas finais de Copa do Mundo, 1970 e 1994, em ambas, saímos vitoriosos.
Em 1978, decidimos contra a Itália, o 3° lugar, com um gol incrível de Nelinho, novamente levamos a melhor.
No longínquo ano de 1938, fomos eliminados pelos italianos nas semifinais daquele Mundial, mas a maior derrota que os italianos nos impuseram, foi em 1982, na Copa da Espanha. Com três gols do carrasco Paolo Rossi, a Itália eliminou a mágica seleção de Zico, Sócrates, Falcão e Cia. O jogo entrou para a história como a “Tragédia do Sarriá”.
2 – Uruguai
De todos os grandes adversários da seleção brasileira, só um nos causa medo: o Uruguai. É o reflexo ainda presente da Copa de 1950, quando fomos derrotados pelos uruguaios num Maracanã lotado por 200 mil brasileiros. Nem mesmo a vitória brasileira em 1970, conseguiu exorcizar o fantasma da tragédia de 1950.
Em 2014, a Copa do Mundo será novamente no Brasil. O futebol uruguaio ressuscitou depois de uma longa hibernação. Vou confessar, estou com medo deles. Uma nova final de Brasil e Uruguai no Maracanã é uma previsão bem plausível. Seria uma revanche perfeita, mas é melhor, que eles fiquem pelo meio do caminho.
1 – França
Sempre que encontramos os franceses pela frente, a derrota parece nos perseguir. As duas seleções se encontraram quatro vezes em Copas do Mundo e as lembranças desses confrontos, não são nada boas para os brasileiros.
Em 1958, enfrentamos os “azuis” pela primeira vez num Mundial. Vencemos a França do lendário artilheiro Just Fontaine por 5 x 2, com três de Pelé. Foi nossa única vitória contra a França em Mundiais.
No México, em 1986, os franceses comandados por Platini, tiraram a última chance de uma genial geração do nosso futebol, de ganhar uma Copa do Mundo. Empate de 1 x 1 no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, vitória francesa.
Jogando em casa, em 1998, os franceses nos humilharam na final, éramos superiores, mas um estranho piripaque de Ronaldo, na véspera do jogo, desestabilizou nosso time e perdemos por 3 x 0.
Para terminar, em 2006, encontramos pela frente uma França claudicante, vivendo às custas do gênio Zidane. Empatávamos, mas Roberto Carlos resolveu amarrar as chuteiras no momento mais impróprio da partida, com Zidane prestes a levantar a bola na área brasileira. Não deu outra, gol de Henry, aproveitando-se do vazio deixado pelo lateral. Lá voltamos nós, novamente despachados pela França.