10 Confrontos Mortais nos Oceanos

Os cientistas afirmam que a vida na Terra, surgiu nos oceanos. Realmente, nos mares a vida explode em mil formas e cores. Contudo, a morte também ronda impiedosa; predadores poderosos vasculham os oceanos em busca de suas vítimas e quando as encontram, quase sempre a batalha é sangrenta. Outras vezes , o caçador vira caça e o ciclo da natureza segue seu curso. Veja nessa postagem, confrontos mortais dos nossos oceanos! 

10 – Medusas Vs Tartarugas

As medusas estão entre as mais mortais criaturas dos oceanos. Seus tentáculos venenosos, que podem atingir medidas assustadoras ( mais de 20 metros) matam quase tudo o que envolvem. Para as tartarugas porém, as águas- vivas são um prato delicioso. A pele extremamente grossa e a carapaça das tartarugas, às protegem da toxina das medusas. Só não sei explicar como  olhos e lábios não são atingidos!

ÁGUA VIVA COMO PRATO PRINCIPAL!

9 – Orca Vs Tubarão Branco

Essa é uma batalha de titãs. Apesar da voracidade e rapidez do grande tubarão branco, ele é impotente, perante o tamanho e a força da baleia assassina. Geralmente, esse dois predadores evitam o confronto, mas quando acontece de um tubarão branco se aproximar de uma orca com filhotes, ela não mostrará misericórdia e o tubarão conhecerá a morte.

DUELO DE TITÃS!

8 – Moréia Vs Polvo

Quando uma moréia morde algo é para matar. Escondida entre os corais, a moréia é mestra em armar emboscadas, aguardando com paciência a presa ideal. Se a vítima do ataque for um polvo, ele mostrará ser um adversário à altura. A primeira reação dele será envolver a cabeça da moréia com seus tentáculos, impedindo-a de respirar e algumas espécies como o polvo azul, podem usar um veneno para defenderem-se. Mesmo assim, dificilmente um polvo consegue sobreviver a um ataque da moréia e quando escapa, sai tão ferido que vira presa fácil dos predadores oportunistas.

MORÉIA VS POLVO

7 – Tubarão-Tigre Vs Tartaruga

A disputa entre um um feroz tubarão e uma inofensiva tartaruga, parece ter um final lógico. Mas apesar de toda a força e poder do tubarão, ele não consegue romper a poderosa carapaça das tartarugas. A vantagem do tubarão é que tartarugas precisam ir à tona para respirar, o que proporciona a oportunidade de um ataque por baixo, onde a proteção dos quelônios é menor.

POBRE TARTARUGA

6 – Tubarão-Cação Vs Polvo Gigante

O tubarão-cação é relativamente pequeno, com tamanho médio de 3 a 4 metros, mas possui grande velocidade e fileiras de dentes afiadíssimos. O polvo gigante por outro lado é o maior da sua espécie, alcançando os 5 metros de envergadura. Quando se encontram o polvo envolve a cabeça do tubarão com os tentáculos, impedindo-o de respirar e morder e por fim matando-o. É o famoso dia da caça!

O PREDADOR VIRA PRESA!

5 – Camarão-Boxeador Vs Caranguejo Ermitão

Não se deixe enganar pelo tamanho dos oponentes. Eles protagonizam uma verdadeira batalha no fundo do oceano. O caranguejo ermitão se refugia dentro de uma concha e tem duas garras poderosas. O camarão-boxeador ( Mantis, no original em inglês) é dono de uma arma incrível: ele consegue criar um deslocamento de ar, correspondente a um tiro de calibre 22, com isso ele quebra a concha do caranguejo ermitão, deixando-o à mercê de seu apetite.

PEQUENOS GUERREIROS!

4 – Golfinhos Vs Tubarão

Essa é uma briga muito rara. Os golfinhos usam seu sonar para manterem uma distância segura dos tubarões. Em grupo, golfinhos são capazes de afugentar um tubarão, mas sozinho, dificilmente um golfinho sai desse combate sem ferimentos graves. Como são as criaturas mais inteligentes dos oceanos ( alguns afirmam que de todo o planeta), os golfinhos preferem ficar bem longe de qualquer tubarão.

ENCONTRO POUCO PROVÁVEL.

3 – Lula-Gigante Vs Cachalote

Essa batalha é quase uma lenda. As cachalotes podem mergulhar até 9.000 pés de profundidade. Nessas profundezas encontram seu prato predileto: lulas-gigantes. O resultado desse confronto é uma batalha assustadora, com a cachalote muitas vezes ( mas não sempre), ganhando uma deliciosa refeição.

SERÁ VERDADE?

2 – Urso Polar Vs Morsa

A inclusão desse combate é questionável, já que os dois animais são considerados terrestres, mas como a morsa vive a maior parte do tempo no oceano, creio ser admissível falarmos dele. A morsa possui uma pele extremamente grossa e presas que chegam a alcançar 50 centímetros, fazendo dela um adversário formidável. O urso polar só ataca uma morsa, se estiver desesperado, ou se a morsa estiver machucada. Esse confronto é um dos raros na natureza entre dois oponentes em pé de igualdade. É rivalidade sangrenta, que pode ter consequências fatais para os  protagonistas.

RIVALIDADE SANGRENTA

1 – Orca Vs Baleia

Muitos imaginam que o único predador das baleias gigantes seja o homem. Mas, para os filhotes da baleia, apesar da proteção  de sua mãe de 30 toneladas, o mar continua sendo um lugar traiçoeiro. Se um grupo de orcas encontra uma baleia com seu filhote, iniciam uma perseguição cruel e angustiante, até o esgotamento de ambas. Quando conseguem separar mãe do filhote, impedem que este suba à superfície para respirar. Quando ele morre afogado, fazem o banquete. Esse ritual de caça, pode durar mais de duas horas.

CAÇADA IMPIEDOSA!

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Fontes:

Askmen.com

Wikipédia

National Geographic

Miracles off Nature

 

 

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Quando os cientistas mentem!

Uma descoberta científica importante traz fama e fortuna. Sempre houve charlatães dispostos a produzir falsas pesquisas e descobertas forjadas. O mundo moderno que aceita a ciência como verdade absoluta, muitas vezes se viu comprando gato por lebre. Conheça algumas dessas fraudes:

A tribo Tasaday

Em 1971, Manuel Elizalde, ministro da Filipinas revelou ao mundo a descoberta de uma tribo com características pré-históricas. Segundo Elizalde a suposta tribo vivia em cavernas na  ilha de Mindanao. Os Tasaday viraram manchete na televisão e nos jornais de todo o mundo. A National Geographic publicou uma reportagem de capa sobre a descoberta e os Tasaday também foram temas de um best-seller. Quando a comunidade científica quis investigar melhor o caso, o ditador Ferninand Marcos declarou a ilha como reserva nacional, inacessível a estrangeiros.

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Em 1986, com a volta da democracia nas Filipinas, a verdade veio à tona: Os Tasaday eram pessoas absolutamente normais. Viviam em casas, falavam um dialeto moderno e usavam jeans e camisetas. Indagados a respeito da fraude, revelaram que haviam sido obrigados a abandonar suas casas e viver como homens da caverna.Em 1983 Elizalde fugira do país com milhões de dólares de uma fundação criada para proteger o povo Tasaday.

As descobertas de Shinichi Fujimura

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Shinichi Fujimura foi um dos maiores arqueólogos do Japão. Em 1981, ele fez sua primeira descoberta: artefatos com milhares de anos. O fato alavancou a carreira de Fujimura e nos anos seguintes ele continuou fazendo descobertas incríveis.

Em 2000 ele anunciou a descoberta de artefatos, junto com o que parecia ser uma habitação primitiva. A suposta idade da descoberta era de 600.000 anos. Era o indício de civilização mais antigo, já descoberto. A repercussão internacional foi enorme.

Em novembro daquele ano, o jornal Mainichi Shimbun publicou três fotos na primeira página que mostravam Fujimura enterrando os artefatos, que mais tarde ele “descobriria”. Numa entrevista coletiva, o falso arqueólogo, admitiu a farsa e confessou envergonhado: “Fui tentado pelo diabo”.

Herança lamarckiana

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Durante a década de 1920 um cientista austríaco chamado Paul Kammerer desenvolveu um experimento para provar que a herança lamarckiana (a noção de que os seres vivos podem adquirir características e passá-las aos seus descendentes) era possível. Foram os experimentos realizados com o sapo parteiro.

A maioria dos sapos se acasala na água, mas o sapo parteiro - Alytes Obstetricans - chamado assim porque o macho carrega os ovos da fêmea fertilizados por semanas – se acasala em terra firme. Kammerer resolveu forçá-los a acasalar na água, aumentando a temperatura do aquário, para observar o que ocorreria. Depois de muito esforço, relatou o notável resultado: os sapos desenvolveram protuberâncias nupciais. Essas pequenas protuberâncias escuras nas patas permitem que os machos se segurem melhor às fêmeas durante o acasalamento aquático. O mais importante contudo é que ele também relatou que os sapos descendentes passaram a já nascer com as protuberâncias.

Foi então que em 1926 veio a bomba: quando Gladwyn Noble do Museu Americano de História Natural verificou o espécime conservado de Kammerer, não encontrou nenhuma protuberância nupcial. Viu ao invés muita tinta nanquim dando a coloração à pata. Publicando a revelação na revista Nature, Kammerer era acusado de cometer o pior ato que um cientista poderia cometer, a fraude.

Na época, Kammerer havia sido convidado para a Universidade de Moscou e estava preparando sua viagem. Ao saber da revelação de Noble, escreveu uma carta de defesa à Academia de Ciências Soviética onde admitia a fraude, mas não confessava tê-la feito. Escreveu que desconfiava de quem era o responsável, sem dizer seu nome. Tragicamente, pouco depois cometeu suicídio, em parte também por outras razões, incluindo um desentendimento amoroso.

O Homem de Piltdown

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O homem de Piltdown, descoberto em 1912, foi “a mais notória fraude científica do século”, diz o The Times, de Londres. A fraude foi exposta em 1953, após testes científicos terem provado que, longe de ser um elo perdido de alguma suposta cadeia evolucionária humana, o crânio era de um homem moderno e a mandíbula de um orangotango. Quem foi o autor dessa farsa esperta?

Durante anos, suspeitou-se de Charles Dawson, o advogado e geólogo amador que encontrou os restos cranianos. Outros suspeitos: Sir Arthur Keith, evolucionista fervoroso e ex-presidente do Colégio Real de Cirurgiões; o escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle; e o sacerdote francês Pierre Teilhard de Chardin. Contudo, faltavam provas conclusivas, de modo que Dawson foi por fim considerado o responsável.

Em 1997, descobriu-se o verdadeiro culpado: Martin A. C. Hinton, ex-curador de zoologia do Museu de História Natural de Londres, falecido em 1961. Foi encontrada no museu uma grande mala de lona que havia pertencido a ele. Dentro havia dentes de elefante, pedaços de um hipopótamo fossilizado, e outros ossos, que foram analisados com cuidado. Todos eles haviam sido envelhecidos com ferro e manganês, nas mesmas proporções que os ossos de Piltdown. Mas o fator decisivo foi a descoberta de cromo nos dentes, também usado no processo de envelhecimento.

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Os 10 maiores cobradores de falta do Brasil

A cobrança de faltas já foi arma mortal do futebol brasileiro. No passado, todo grande clube do país, possuía um excelente cobrador de faltas. Agora a ênfase do futebol é na preparação física e a parte técnica fica em segundo plano. Talvez seja essa a explicação da escassez de especialistas em cobranças de falta, não só no futebol brasileiro, mas no mundial.
Vale à pena relembrar os grandes cobradores de falta do Brasil, alguns ainda em atividade e outros  imortalizados na memória do torcedor. Essa lista como qualquer outra, está sujeita á opinião pessoal de quem à criou, portanto fique à vontade para discordar nos comentários.


juninho


10 – Rogério Ceni





9 – Dicá






8 – Marcelinho Carioca






7 – Roberto Dinamite







6 – Ronaldinho Gaúcho


 


5 – Rivelino




4 – Juninho Pernambucano






3 – Nelinho






2 – Zico





1 – Neto



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Parece americano, mas é brasileiro!

Johnny Johnson é dono de uma das carreiras artísticas mais respeitadas e bem sucedidas do Brasil. Seu primeiro grande sucesso aconteceu em 1967 e desde então é um frequentador assíduo das paradas de sucesso. Já fez filmes e participou de várias novelas famosas como o Rei do Gado e Pantanal. Sabe quem é Johnny Johnson? E se eu disser Sérgio Reis?

Pois é, Sergio Reis foi um dos cantores brasileiros que adotaram um pseudônimo americano no Brasil, ele abandonou seu álter-ego americano, mas outros artistas não são conhecidos pelo seu nome de batismo e sim pelo nome americanizado. Conheça  alguns desses artistas, há fatos surpreendentes sobre eles.

Morris Albert

Feelings - Sucesso nos EUA

Em 1975, a canção “Feelings” permaneceu 32 semanas nas paradas dos Estados Unidos e 10 semanas nas paradas inglesas. Foi regravada por nomes como: Frank Sinatra, Andy Willians e Sarah Vaughan. Mais um “hit” de um artista americano? Errado. Morris Albert é na verdade o paulistano Maurício Alberto Kaiserman que entre outras proezas ganhou um Disco de Ouro nos Estados Unidos e teve a composição “Gonna Love You More” gravada pelo guitarrista George Benson.

Leny Eversong

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Dona de uma voz poderosa, a cantora Leny Eversong, na década de 1950 fez  shows em Las Vegas e em Paris. Em 1960 produziu um espetáculo que ficou dois anos em cartaz em Las Vegas. Seus discos são encontrados somente em sebos e são disputados por colecionadores.

A brasileira Hilda Campos Soares da Silva, faleceu em 1984, no completo ostracismo.

Dick Farney

O Rei da Voz

O carioca Farnésio Dutra e Silva, foi um grande cantor, pianista e compositor. Realizou shows em Hollywood, Chicago e San Francisco e participou de apresentações com Nat King Cole, Bill Evans e David Brubeck.

No início de 1957, embarcou novamente para os Estado Unidos, onde se apresentou durante um ano no Waldorf Astoria Hotel e no Shell Burn Hotel, em Nova York. Excursionou por Cuba, República Dominicana, Porto Rico e ilhas do Caribe. Em outubro de 1958, retornou ao Brasil depois de um ano e meio nos Estados Unidos. Na ocasião assim reportou o jornal O Globo:

"Retornando ao Brasil depois de um ano e meio no estrangeiro, Dick Farney, intérprete de alguns sucessos marcantes da música brasileira, manifestou à reportagem grande satisfação pelo sucesso alcançado com o trio instrumental que formou nos Estados Unidos e que teve brilhante atuação no Waldorf Astoria".

O Rei da Voz faleceu em 1987.

Nora Ney

nora ney

Em 1955 tornou-se a primeira cantora brasileira a gravar rock no Brasil com o sucesso "Rock Around the Clock", de Bill Haley. Foi uma das mais brilhantes cantoras brasileiras na época de ouro do rádio. Endeusada no país inteiro, tornou-se a maior divulgadora da música popular brasileira no exterior, resultado de turnê que fez pela Europa, Américas, África, Oriente Médio e Ásia, juntamente com Goulart e vários outros cantores brasileiros. Em 2000, foi homenageada em show do cantor Elymar Santos, no Canecão, quando emocionou o público ao cantar "Ninguém me ama", em cadeira de rodas, cercada por Jorge Goulart, Carmélia Alves e R. C. Albin.

Em 2003 faleceu Iracema de Souza Ferreira, uma das maiores cantoras que o Brasil já teve.

Johnny Alf

Falecido recentemente Johnny Alf foi um brilhante pianista e compositor da Bossa Nova. Melhor do que falar sobre Alfredo José da Silva, é escutar sua música, assistindo o vídeo abaixo.

Vírginia Lane

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Virgínia Giacone, no passado foi uma cantora e vedete famosa no Brasil.Fez diversos filmes na Cinédia e na Atlântida, entre os quais, "Tudo azul", "Anjo do lodo", que escandalizou a sociedade da época. Segundo fontes não oficiais era amante do ditador Getúlio Vargas( pelas curvas da moça, vê-se que o presidente não era bobo).

Ronnie Cord

O mineiro Ronald Cordovil é o cantor da famosa “Rua Augusta” de autoria de seu pai. Também e conhecido pela música “Biquíni de Bolinha Amarelinha” muito popular na época. Morreu prematuramente aos quarenta e dois anos.

Lana Bittencourt

Devido a sua enorme facilidade para cantar em outros idiomas,  Irlan Figueiredo Passos era anunciada nas rádios como: “Lana, a Internacional”.Ainda em 1954, chegou a ter um programa exclusivamente seu na TV Paulista que tinha a duração de 30 minutos. Em 1958  “Little Darling” foi a música mais tocada no Brasil, sendo a primeira música em outro idioma a conseguir tal feito (hoje, a exceção virou regra).

Muitos  artistas usaram pseudônimos no Brasil, alguns deles são: Ronnie Von, Jerry Adriani, Dolores Duran, Cely Campelo entre outros. Por ironia ou por falta de memória, conhecemos os astros antigos de países estrangeiros, mas artistas nacionais do porte de Nora Ney e Leny Eversong foram condenados ao ostracismo. Coisa de um país que pouco valoriza seus talentos e eleva ao máximo, qualquer bobagem norte americana.

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Música estrangeira: Quem entende?

Escrito por: Edgar Nascimento.

Entre as 100 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2005, 29 eram cantadas em língua estrangeira, sendo 28 em inglês e uma em espanhol. Das cantadas em português, três eram versões de originais em inglês e outra, de original em espanhol. A pesquisa foi feita na seção Time Machine, do site Hot 100 Brasil.

A situação atual não é muito diferente da dos primeiros anos da era do disco. De acordo com estudo feito com base em dados no mesmo site, de 1902 a 1904, cerca de 30% dos discos vendidos no Brasil eram de música estrangeira.

Entretanto, a invasão maciça de músicas estrangeiras ao país estava reservada para mais tarde. Com a invenção do rádio pelo italiano Guglielmo Marconi, a primeira transmissão musical teve lugar na Europa, em 1920. Em 1922, seria a vez da primeira irradiação no Brasil, por ocasião das comemorações do primeiro centenário da Independência.

Pelo ano de 1925, sempre segundo a mesma fonte, em torno de 50% das músicas transmitidas pelas rádios no Brasil eram estrangeiras, em sua grande maioria cantadas em inglês.

No correr do tempo, esse percentual vem oscilando para cima e para baixo, mas o volume de músicas estrangeiras tocadas nas rádios tem permanecido na marca dos 30%. Todavia, como se sabe, algumas rádios FM das capitais e cidades mais populosas, especialmente as voltadas para o público jovem, tocam um número consideravelmente maior de músicas estrangeiras.

A questão que se coloca é esta: Quem entende música estrangeira? Será que todas essas pessoas que freqüentam as baladas, ouvem as FMs e compram CDs e DVDs de música importada conhecem o sentido da música que estão ouvindo? Em termos, sim.

1° lugar no Brasil em 2005

Em que língua Beethoven compôs?

Para começar, qualquer música é constituída de uma linguagem própria, que é universal. Seria o caso de se perguntar: Quem entende a música de Beethoven? Ou melhor: Em que língua Beethoven compôs? Isto faz refletir. Beethoven era alemão, falava alemão, mas não compôs em alemão, e sim, criou toda uma obra em linguagem musical, que é compreendida universalmente.

O fato de alguém compor uma melodia e depois acrescentar uma letra em cima é acidental. A música continua sendo música, e a letra permanece letra. Você pode até não entender a letra, mas, a música, a melodia, você entende, não é mesmo?

Beatles, Sakamoto e a Bossa Nova

Um exemplo bem conhecido: “Yesterday” (Lennon-McCartney). A canção foi gravada pelos Beatles em 1965 e fez sucesso no mundo inteiro. A letra da música original está em inglês. Você substitui a melodia cantada por uma versão instrumental, que pode ser tocada ao piano. Mesmo sem letra em inglês ou em qualquer língua, a música continua bela e é perfeitamente identificável.

Outro exemplo, menos conhecido: “Sukiyaki” (Kyu Sakamoto). O próprio autor interpretou sua música cantando em japonês. Gravou no Japão em 1961. O disco foi lançado nos Estados Unidos em 1963, tomando de assalto a parada de sucessos da Billboard, conquistando o primeiro lugar durante três semanas. Por quê? Porque a música é linda! Que importava se os americanos não entendiam japonês? E não foi só lá: “Sukyiaki” chegou ao 26º lugar também no Hot 100 Brasil, e nós não entendíamos — como até hoje não entendemos — japonês. A música chegou a ser gravada em português pelo Trio Esperança, tendo chegado, em 1964, à 40ª colocação no Hot 100 Brasil.

Um terceiro exemplo, desta vez revelando o reverso da moeda: “Aquarela do Brasil” (1939), de Ary Barroso, conquistou o mundo via Estados Unidos, abrindo espaço para uma verdadeira avalanche da música brasileira naquele país com a bossa nova a partir do final dos anos 50. Desde então, a música universal nunca mais foi a mesma.

Versão brasileira da música japonesa: Sukyiaki

Música: Linguagem universal

Toda essa fenomenologia só pode encontrar explicação no fato de que a música é, em si mesma, uma linguagem. E essa linguagem é universal, isto é, a música pode ser compreendida por qualquer pessoa de qualquer língua e de qualquer país.

Compreender a língua em que uma canção é cantada é uma outra questão, não menos interessante. Se os americanos adoraram “Sukyiaki” e “Garota de Ipanema” sem conhecer o significado das letras, imagine se eles tivessem compreendido!

E se nós, aqui no Brasil, gostamos tanto de certas músicas cantadas em outras línguas, mesmo sem conhecer o sentido das letras, é de se imaginar o que aconteceria se lhes compreendêssemos o significado.

Pensar e imaginar na língua estrangeira

Agora, uma nova questão: é mais importante captar o sentido das palavras do que conhecer uma mera tradução de uma letra. Não é a mesma coisa. A tradução de um verso dificilmente vai encaixar na métrica da língua para a qual é traduzido, a rima fica estranha e sempre haverá alguma perda de significado numa tradução literal. Mais importante é você conhecer o sentido de cada uma das palavras da canção na língua original. É mais ou menos como “pensar” na outra língua em vez de fazer as palavras transitarem por uma tradução.

Em vez de pensar assim:
Imagine (John Lennon):

Você pode dizer que sou um sonhador
Mas não sou o único
Espero que, qualquer dia, você se junte a nós
E o mundo será uma só coisa.
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you’ll join us
And the world will be as one

Se você não conhece a língua em que a música é cantada, pode procurar o significado das palavras num dicionário e tentar captar o sentido de modo direto. O melhor jeito de fazer isto é começar com uma música de que você realmente goste muito.

Um hábito que pode ser adquirido com proveito é o de ouvir música lendo a letra. Assim, você começa a entrar no sentido mais profundo da música e vai passar a gostar ainda mais dela.

A contribuição da Música por um mundo melhor

Costuma-se dizer que os esportes e as artes não conhecem fronteiras. É verdade. No campo político e econômico, pode até haver alguma aversão, fundada ou não, entre países ou grupos étnicos, e a língua falada pelo país estrangeiro ou grupo pode se ressentir, por tabela, com o preconceito. Felizmente, a música tem dado e continuará dando sua contribuição por um mundo melhor.

O esforço que pudermos fazer para conhecer uma língua estrangeira jamais será em vão. Ainda mais se esse pequeno esforço nos traz, de imediato, tanto prazer.

Ao conhecer o sentido das letras das músicas estrangeiras, ganhamos três vezes: além de tornar nossas músicas preferidas ainda mais interessantes e compreensíveis e melhorar nosso conhecimento das outras línguas, passamos a compreender a realidade mais profunda dos países onde essas canções se originaram.

We are the World

Pode parecer um sonho, mas não é. Ainda que haja quem não queira, o mundo caminha, feliz e inexoravelmente, para a unidade. E a música tem um papel importantíssimo na promoção dessa unidade.

Por falar nisso, lembra-se daquela canção chamada “We are the World” (Michael Jackson & Lionel Richie), gravada em 1985 por um grupo de celebridades em prol de uma campanha para combater a miséria na África? Além dos autores, ouvíamos claramente as vozes bem conhecidas de Stevie Wonder, Ray Charles, Bruce Springsteen, Paul Simon, Cindy Lauper, Bob Dylan e outros. Diz assim:

There comes a time
When we hear a certain call
When the world must come together as one
There are people dying
Oh, and it’s time to lend a hand
To life, the greatest gift of all

We can’t go on
Pretending day by day…

We are the World
We are the children…

Se desejar conhecer o ranking das músicas mais tocadas no Brasil desde 1902, quando o disco foi inventado, até 2005, último ano em que foi feito o levantamento, você pode dar uma olhada na seção Time Machine do site Hot 100 Brasil. Vale a pena!

We Are The World

Esta postagem é uma reprodução integral do texto escrito por Edgar Nascimento, segundo os termos delineados no site do autor.

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