Johann Georg Elser, o carpinteiro alemão que quase conseguiu matar Hitler

Nove de novembro é muitas vezes considerado uma data decisiva na história alemã. A primeira república alemã foi proclamada em Berlim em 9 de novembro de 1918. Em 9 de novembro de 1923, Adolf Hitler tentou derrubar o governo alemão em Munique. Em 9 de novembro de 1938, as empresas judaicas e as sinagogas em toda a Alemanha foram incendiadas durante o pogrom nacional conhecido como a Noite dos Vidros Quebrados. E, em 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlim caiu. Uma data fatídica? Talvez, mas definitivamente uma data que carrega o peso da história.

Mas é o dia anterior - 08 de novembro – que nos mostra como pode ser trágica a soma  da coincidência, da natureza e da atividade humana. De fato, se o mundo não tivesse perdido 13 minutos na noite de 08 de novembro de 1939, toda uma série de sinistras datas posteriores da história alemã nunca teriam ocorrido. Mesmo a queda do Muro de Berlim nunca teria acontecido. Na verdade, o Muro nem mesmo teria sido construído.

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Sexta-feira, 3 de outubro de 2008, um homem olha para a fotografia de Johann Georg Elser, em um monumento em Freiburg, na Alemanha. Elser, um cidadão alemão, tentou assassinar Adolf Hitler com uma bomba, o atentado aconteceu em 8 de novembro de 1939. Hitler terminou seu discurso inicial, escapando da explosão cronometrada por apenas 13 minutos. Oito pessoas morreram, 63 ficaram feridas, Elser foi capturado e preso. Pouco antes do fim da II Guerra Mundial, ele foi executado no campo de concentração nazista em Dachau.


Aqueles 13 minutos em 08 de novembro de 1939 foram o mais caros da história do século XX. Dentro de um período de menos de seis anos, de 1939 a 1945, eles custaram à humanidade 50 milhões de vidas. Para os alemães, aqueles 13 minutos resultaram em expulsões no pós-guerra da Polônia e da Tchecoslováquia e em uma nação arrasada e dividida pelos vencedores do conflito.

O aeroporto de Munique foi fechado em 8 de novembro de 1939 por causa de uma forte neblina. Como resultado, o visitante mais importante da cidade naquele dia, foi forçado a cancelar seu voo para Berlim e voltou para a capital alemã de trem. Adolf Hitler, que, a 1 de Setembro de 1939, ordenara a Wehrmacht alemã a atacar a Polônia, desencadeando a Segunda Guerra Mundial, tinha chegado a Munique para dar uma palestra no salão de uma cervejaria chamada Bürgerbräukeller, tal como tinha feito em todos os 08 de novembro em anos anteriores. Era onde os membros fundadores do partido nazista se confraternizavam todos os anos para celebrar a tentativa de golpe de 08 de novembro de 1923. Um golpe que terminou com Adolf Hitler na prisão.

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Adolf Hitler, aos 35 anos de idade, em sua libertação da prisão Landesberg, em 20 de dezembro de 1924. Hitler havia sido condenado por traição por seu papel em uma tentativa de golpe em 1923 chamado Putsch da Cervejaria. Esta fotografia foi tirada pouco depois dele ter terminado de ditar "Mein Kampf" ao deputado Rudolf Hess. Oito anos mais tarde, Hitler seria empossado como Chanceler da Alemanha, em 1933.


Por causa da neblina em Munique, Hitler começou seu discurso às 8:00 horas, 30 minutos mais cedo do que o planejado, de modo a não perder o trem noturno para Berlim. O Führer deixou a Bürgerbräukeller às 9:07 da noite. Como já dito, o mau tempo salvou a vida do ditador. Uma bomba escondida em uma coluna diretamente atrás de onde Hitler estava falando explodiria as 9:20. A explosão foi tão forte que parte do teto desabou. Oito pessoas foram mortas e 63 feridas, algumas em estado grave. Quando a bomba explodiu, Hitler já estava sentado em uma limusine aquecida, em seu caminho para a estação de trem.

Naturalmente, ninguém sabe como a história alemã teria progredido se Hitler tivesse sido assassinado no outono de 1939. A II Guerra Mundial já estava em andamento, não no Ocidente, mas no Oriente, onde o exército alemão já havia ocupado a Polônia. Será que a morte de Hitler levaria a Wehrmacht a se retirar do território ocupado de imediato? Quanto tempo teria levado para a Alemanha  derrubar o regime nazista e introduzir a democracia?

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A cervejaria Bürgerbräukeller após o atentado a bomba.


Com a morte de Hitler seria improvável que uma conflagração mundial que reivindicou 50 milhões de vidas tivesse se seguido. Se pudéssemos de alguma forma ter salvo aqueles 13 minutos em novembro de 1939, todas as nossas vidas, especialmente as de nossos pais e avós e seus contemporâneos na Europa, teria sido mais tranquila. É difícil imaginar o Holocausto sem Hitler. Após sua morte, Auschwitz provavelmente teria permanecido como apenas outra pequena cidade anônima em terras da Europa Central. Talvez ela ficasse conhecida por sua fábrica, na entrada para a cidade, mas o nome Auschwitz certamente nunca teria se tornado sinônimo de horror e tampouco associado com a matança metódica de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes. E a Alemanha de hoje, com certeza seria completamente diferente.

Às 20:45,  cerca de meia hora antes da bomba ser detonada, um homem de 36 anos foi preso em Constança, na fronteira alemã com a Suíça, enquanto tentava convencer os guardas de fronteira e os funcionários aduaneiros a deixá-lo entrar no país vizinho. No começo, os policiais pensaram que o sujeito fosse um traficante. Mas ele  não carregava cigarros, salsichas ou bebidas alcoólicas. Em vez disso, os guardas encontraram notas sobre como fazer explosivos, um cartão postal que descrevia a Bürgerbräukeller, um emblema do grupo Frente Vermelha de Lutadores, um alicate e algumas partes de metal de aparência suspeita. Os funcionários da fronteira não sabiam o que fazer com o homem. Somente no final da tarde, o conteúdo de sua mochila, que ele foi forçado a esvaziar na alfândega, fez sentido.

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Hitler comanda uma cerimônia em homenagem às vítimas do atentado em Munique


Os agentes da alfândega, logicamente, receberam um telex informando-os sobre o atentado contra a vida de Hitler. O homem, Johann Georg Elser, foi transferido para Munique, onde de início, ficou em silêncio e, em seguida, negou qualquer envolvimento no incidente. Mas as evidências apontando para sua culpa tornavam-se cada vez mais claras. O que finalmente delatou Elser, que falava com um sotaque suábio, foram seus machucados,  seus joelhos esfolados. O espaço vazio na coluna onde os explosivos foram escondidos só poderia ter sido atingido por alguém rastejando sobre os joelhos. Garçonetes também identificaram Elser como cliente assíduo da Bürgerbräukeller, e, então, ele acabou confessando.

Elser veio de um lugar modesto na região no sudoeste da Alemanha conhecido como Alpes Suábios. Ele era magro, porém forte, tinha um rosto simpático, gostava de tocar cítara e foi membro de uma associação histórica conservadora. Quando os alemães ainda podiam votar, Elser, que era carpinteiro, votava a favor do KPD (Partido Comunista Alemão), porque ele acreditava que os comunistas eram mais propensos a defender os interesses dos trabalhadores. Apesar de suas convicções políticas, o protestante Elser ia frequentemente à igreja aos domingos e orava regularmente. Ele se recusou a participar nas eleições fictícias do Terceiro Reich.

No final de 1920, um amigo convenceu Elser a ingressar  na Frente Vermelha de Lutadores, uma organização militante que simpatizava com os comunistas. Mas Elser não era violento e nem um ideólogo obstinado. Em vez disso, ele era um músico muito talentoso, um homem muito apreciado pelas mulheres. Ele também era um homem que preferia a ação às palavras – Elser se tornou membro do Sindicato dos Marceneiros pela simples razão de que, "se deve ser membro desta união." Sempre que os discursos do Führer eram transmitidos no rádio, ele se retirava do lugar e também se recusava a cumprimentar  seus colegas alemães com as palavras "Heil Hitler!"

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Um selo postal em celebração dos 100 anos de Georg Elser (2003) e o busto do carpinteiro em Berlim


Depois de confessar o crime em Munique, Elser foi levado para a sede da Agência  de Segurança do Reich Alemão em Berlim, onde foi severamente torturado pela Gestapo. Mas o chefe das SS, Heinrich Himmler, mesmo depois das torturas, ficou insatisfeito com os resultados. Elser alegou ter agido sozinho, entretanto, Himmler não acreditava nessa possibilidade. Como poderia um desconhecido, um carpinteiro com uma educação singela, ter quase conseguido assassinar o Führer?

Para os nazistas, um envolvimento da inteligência britânica teria sido mais conveniente - Hitler já estava começando a alimentar a ideia de uma invasão da Inglaterra. Na verdade, dois agentes britânicos tinham acabado de ser presos e os nazistas rapidamente acusaram os dois homens como co-conspiradores de Elser. Mas o carpinteiro nunca tinha visto os dois britânicos. O homem que quase matou Hitler não era nem um intelectual, nem um agente que trabalhava para uma potência estrangeira. Elser, como ficou provado, não precisou estudar a política externa ou ser parte de algum corpo diplomático para perceber que a Alemanha e a  Europa estavam se aproximando de uma catástrofe no final de 1930. Na época, ele confessou a um amigo que a Alemanha nunca teria um governo melhor, a menos que alguém viesse a derrubar o regime atual. Seu amigo incrédulo lhe respondeu que ele estava fora de sua razão, que ele nunca poderia executar tal proeza. A resposta de Elser foi que, mesmo parecendo impossível, ele tentaria, em seguida, acrescentou, no dialeto suábio: "Aber schwätzat net" - Não conte a ninguém!

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O Völkischer Beobachter, jornal porta-voz dos nazistas, tenta associar Elser com dois espiões britânicos.


No dia após o assassinato ter falhado, o porta-voz do partido nazista, o periódico Völkischer Beobachter, estampou a seguinte manchete em letras garrafais:  "A Salvação Surpreendente do Führer", título que provavelmente refletia uma visão amplamente difundida entre a população alemã. A maioria dos alemães, mesmo aqueles que não eram nazistas, tinha decidido que Hitler - então um líder de guerra que colocara a Polônia de joelhos em apenas 21 dias - não era de todo ruim. Considerando que 6 milhões de alemães estavam desempregados em 1933, havia emprego para todos, apenas três anos mais tarde. A economia estava em pleno andamento, em parte como resultado dos programas de produção de armas de Hitler. Hitler proibiu os sindicatos, que poderiam ter criado exigências salariais inconvenientes para as empresas. Depois de anos de inflação e desemprego em massa, a Alemanha subitamente experimentava um boom econômico.

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Nos interrogatórios da Gestapo, Elser é obrigado a desenhar os diagramas do dispositivo que explodiu a bomba. Entre 1925 e 1929, ele havia trabalhado numa fábrica de relógios em Konstanz, onde adquiriu conhecimentos para a construção de uma bomba-relógio, que  mais tarde foram utilizados na tentativa de assassinato de Hitler .


Mas o carpinteiro dos Alpes Suábios recusou-se a acreditar em uma única palavra  de Hitler. Ele tinha um mau pressentimento e preocupava-se que Hitler planejava chamar o mundo para uma guerra horrível. Elser não confiava no ditador nazista, então, no verão de 1938, ele finalmente decidiu assassinar o "Führer". Nesse tempo, as suspeitas de Elser sobre Hitler tinham se tornado realidade: Em 21 de maio de 1938, Hitler deu a ordem secreta "para anexar o resto da Tchecoslováquia." Estadistas da Europa mais uma vez deixaram-se enganar pelo ditador alemão. Georg Elser, um simples carpinteiro, enxergara a verdade através do ardil nazista.

A Europa havia se transformado em um continente tenebroso em 1930. A luz da democracia vacilava, estando perigosamente perto de ser extinta. No momento em que Elser preparava seus detonadores, apenas 11, dos 28 estados europeus tinham constituições democráticas. As monarquias constitucionais da Europa da época, provaram ser mais resistentes aos totalitários, aos fascistas e às tendências de extrema direita. Mas os regimes autoritários e as ditaduras já  tomavam conta da maioria dos países. É frequentemente esquecido que a democracia tem apenas algumas gerações de idade em muitos países europeus.

Tanto o Zeitgeist quanto o estado populista de Hitler, comemorado pela maioria dos alemães, se moviam em direções contrárias às crenças de Elser - e ainda assim ele nunca perdeu sua fé no valor da liberdade. Johann Georg Elser agiu como um cidadão consciente e de responsabilidade ética e política, sem o apoio de qualquer organização ou movimento, somente com o compromisso de uma lei fundamental não escrita. Na confissão, dada alguns dias após sua prisão, Elser reclamou que, entre outras coisas, a classe trabalhadora no estado nazista estava "sob uma certa compulsão." "O trabalhador, por exemplo, não pode mais mudar de emprego sempre que o desejar. E por causa da Juventude  Hitlerista, ele não é mais o mestre de seus próprios filhos, e ele não é mais livre para adorar o que lhe agrada." Elser exigiu liberdade de movimento, liberdade de religião e  liberdade de consciência - todos os direitos fundamentais que mais tarde seriam garantidos pela constituição alemã. Talvez à crítica do nacional-socialismo de Elser faltasse a condenação da agressão à Polônia, mas a mensagem era clara: a liderança do Partido Nazista estava a intervir na vida dos cidadãos de uma forma totalmente inaceitável, e os alemães deveriam lutar por seus direitos.

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Treinamento de tiro dos membros da Juventude Hitlerista, em um campo de treinamento militar.


Depois que Elser foi assassinado no campo de concentração de Dachau, em abril de 1945, levou décadas para ele ganhar o respeito que merecia. Por volta de 1946, Elser foi até acusado de ter sido um agente da Gestapo. De acordo com uma teoria da conspiração, a qual até mesmo alguns historiadores do pós-guerra apoiaram, a tentativa de assassinato  não passara de um truque da propaganda nazista.

Após essa teoria descabida, a morte de Elser foi simplesmente esquecida. Quem teria afinal, interesse em relembrar a história desse carpinteiro depois da guerra? Os alemães orientais não tinham nenhum uso para este solitário herói, cuja afinidade com o meio comunista foi limitada, na melhor das hipóteses. A liderança da Alemanha Oriental foi especialmente fria para com os individualistas, e na década de 1950, quando o SED empregou táticas brutais para lidar com centenas dos chamados "desviantes", até mesmo os comunistas poderiam rapidamente acabar na prisão por tomar posições individualistas. Mesmo quando o ex-presidente da Alemanha Oriental, Erich Honecker, afrouxou as rédeas por um curto período de tempo no início de 1970, Elser ficou impopular dentro da visão leninista da história. Johann Georg Elser, carpinteiro e herói de sua classe, foi ignorado na Alemanha Oriental durante o tempo em que os chamados trabalhadores e agricultores, supostamente detinham o poder do estado. Na verdade, mesmo quando Elser estava planejando seu ataque a Hitler, os comunistas provavelmente teriam tentado convencê-lo a desistir. Afinal de contas, o pacto Hitler-Stalin tinha acabado de ser assinado. No outono de 1939, a Alemanha e a União Soviética eram nações amigas.

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"Eu quis pela minha ação prevenir uma matança maior"

Em memória de Johann Georg Elser, que passou a sua juventude em Königsbronn. Em 8 de Novembro de 1939, ele quis impedir o genocídio com uma tentativa de assassinar Hitler. Em 9 de Abril de 1945, Johann Georg Elser foi assassinado no Campo de Concentração de Dachau. O seu nome foi dado a um pequeno quarteirão em Maxvorstadt, na cidade de Munique. Também em Munique, uma sala de concertos foi batizada de 'Georg Elser Halle'.


A memória de Elser também foi de pouca utilidade no Ocidente por muitos anos. Os esquerdistas não sabiam bem como categorizar este individualista taciturno, e os conservadores viam Elser como um anão histórico incômodo, em comparação com outro pretenso assassino de Hitler: Claus von Stauffenberg. Logicamente, o fato de  Elser ter origem humilde, desempenhou papel decisivo nessa avaliação.

Este esquecimento, tanto da esquerda como da direita foi, provavelmente, a maior injustiça infligida a Elser, após a sua morte. Hitler, nos 12 anos de seu reinado de terror, foi alvo de 42 tentativas de assassinato. Mas apenas dois homens, o conde Claus Schenk von Stauffenberg, um oficial militar, e Georg Elser, um carpinteiro, chegaram perto de matar o ditador alemão.

É por esta razão que a ação de Elser foi tão singular. O fato  dele permanecer tanto tempo ignorado pelos historiadores alemães, serve apenas para mostrar o tempo que a Alemanha levou para honestamente confrontar-se com sua própria história. Johann Georg Elser  é um verdadeiro herói alemão.

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10 fatos surpreendentes sobre os mongóis

1 - Os historiadores tendem a retratar os homens mongóis como conquistadores temíveis e poderosos, mas as mulheres mongóis são geralmente ignoradas. Isso é muito injusto, porque na civilização mongol, eram as mulheres quem realmente mandavam e desmandavam. Enquanto os homens estavam ocupados na guerra, as mulheres mantinham a economia ativa  e ocupavam alguns dos mais altos cargos da religião xamânica. Isso colocava as senhoras mongóis em uma posição de poder que suas contemporâneas europeias podiam apenas sonhar.

As mulheres mongóis não se contentaram somente em participar na condução dos negócios e da religião; elas, em várias ocasiões, governaram o Império, ou pelos menos, partes dele. Após a morte de Genghis Khan, suas filhas e noras se envolveram em uma série de lutas pelo poder. O resultado? Várias mulheres assumiram a liderança das suas próprias facções dentro do Império Mongol.

Uma das mais poderosas governantes mongóis foi Mandhuhai, uma guerreira formidável, com uma mente tática afiada. Ela lutou para unir os reinos mongóis como Genghis Khan fizera antes, conquistando todos os adversários no campo de batalha. Quando Mandhuhai estava na casa dos trinta anos,  lhe ocorreu que ela deveria  manter o nome da sua família vivo, mas ela ainda tinha muitas guerras para lutar. Mandhuhai resolveu este dilema ao se casar com um príncipe de 17 anos de idade, com quem teve oito filhos. Todos participaram ativamente nas contendas da mãe.

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2 – Os mongóis eram nômades por natureza, sendo assim,  a comunicação eficiente entre seus líderes e oficiais era ao mesmo tempo vital e extremamente difícil. Eles resolveram esse problema inventando um incrível e eficiente sistema postal chamado Yam.

Muitos visitantes estrangeiros, entre eles o próprio Marco Polo, ficaram admirados diante do tamanho e da confiabilidade do Yam. Tratava-se de uma vasta cadeia de estações de correios, com mensageiros dedicados entregando cartas, relatórios de inteligência, ordens superiores e as notícias mais importantes de estação em estação. Estas estações ficavam cerca de 24 a 64 quilômetros de distância uma da outra, sendo sempre bem abastecidas com comida, cavalos e outras provisões. Em certo ponto da história, havia pelo menos 1,4 mil postos do Yam somente na China, tendo os mensageiros  50.000 cavalos descansados à disposição.


3 - Os mongóis ficaram conhecidos como estrategistas de batalha eficazes e terríveis, que aperfeiçoaram suas habilidades ao longo de milhares de batalhas. Mesmo famosos comandantes históricos, como Alexandre, o Grande e Aníbal, parecem muito menos impressionantes quando suas conquistas são comparadas as do menor dos generais mongóis.

Os mongóis se apoiavam fortemente em táticas de choque. Acampamentos falsos, ataques surpresa, guerra psicológica e até mesmo a tomada de reféns e o uso de escudos humanos eram  clássicas estratégias mongóis. Eles gostavam de começar as batalhas atacando o inimigo com uma saraivada de flechas perfurantes, seguida por uma carga brutal de cavalaria. Muitas vezes, o inimigo era atraído para arqueiros escondidos por uma força mongol mais fraca, que aparentemente parecia fugir. Ao atacar alvos grandes,  como as grandes cidades, que eles podiam facilmente cercar duas de cada vez, os mongóis costumavam avançar em frentes extremamente largas, usando o sistema Yam para se comunicar. Eles também eram especialistas em tecnologia de cerco e foram de uma selvagem brutalidade para com os que não se submetiam ao seus domínios.

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4 - Uma dos pontos mais cruéis do reinado de Genghis Khan foi a conquista brutal da Rota da Seda, a principal ligação comercial entre a Ásia e a Europa e talvez a maior fonte de renda do Império Mongol. Percebendo que até mesmo o seu enorme exército não poderia conquistar e manter totalmente e os 6.437 quilômetros da rota, Genghis Khan adotou uma estratégia secundária. Ele começou a destruir um por um os assentamentos árabes e turcos ao longo da rota, até que todas as cidades e oásis ficaram em ruínas ou de joelhos diante dele. Isso levou muito tempo, Genghis Khan não viveu para ver o seu plano completamente executado, contudo,  o projeto foi levado a cabo posteriormente por seus generais. A Rota da Seda ficou inteiramente sob o controle mongol durante a maior parte dos séculos XIV e XV.

Surpreendentemente, considerando-se como ele foi alcançado, o domínio mongol não representou uma sentença de morte para a rota. Os comerciantes foram bem tratados e os mongóis conseguiram não só incentivar, mas, na verdade, eles também revigoraram  o comércio das caravanas entre o Mediterrâneo e a China. No entanto, passar pelos domínios mongóis não era barato: a maior parte da receita dos comerciantes ia direto para os bolsos dos mongóis, sob a forma de vários pedágios e impostos.


5 - Às vezes, quando um povo vai para a guerra com força superior, o resultado final é a paz. A Pax Mongolica foi um período de paz e prosperidade que se seguiu à conquista mongol nos séculos XIII e XIV. Nesse período, os mongóis estavam no auge de seus poderes. Seu império se estendia por quase 15 milhões de quilômetros quadrados e continha mais de 100 milhões de pessoas. Para referência, o Brasil tem 8.515.767 quilômetros quadrados  de território.

Estando este vasto território sob um governo comum, com um sistema de comunicação eficiente e um comércio internacional em expansão, o império prosperou e todos "ficaram felizes". Os temíveis mongóis, por mais contraditório que pareça, realmente conseguiram criar um dos períodos mais pacíficos da história.

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6 - Um dos mais poderosos impérios mongóis foi a Horda de Ouro, um grande reino estabelecido pelo neto de Genghis Khan, Batu Khan, em 1251. O nome talvez sugira a imagem de  um bando de guerreiros selvagens em tendas, mas na verdade, tratava-se de um império  grandioso e infra-estruturado com cidades de pedra surpreendentemente modernas, em particular a capital, Sarai-Batu .

A Horda de Ouro, também conhecida por Canato da Horda Dourada, teve uma influência enorme sobre as culturas que governou. Dominando uma área que cobria partes da Rússia moderna, da Ucrânia, do Cazaquistão, da Moldávia e do Cáucaso, esse reino mongol estava em contato com muçulmanos e russos. A Horda aterrorizou os russos, que de certo modo, foram  isolados em uma era de trevas,  graças a seus vizinhos conquistadores. Os muçulmanos tiveram mais sorte: alguns líderes mongóis, tradicionalmente xamanistas, abraçaram e eventualmente adotaram o islamismo.


7 – Nômades de coração, os mongóis lutavam a cavalo sempre que podiam. Eles reconheciam o poder impressionante do cavalo, sendo o animal considerado uma arma em si. Naturalmente, muitas armas mongóis foram projetadas para a cavalgada. As espadas eram sabres curvos, fáceis de manusear, tanto a cavalo como a pé. Lanças, maças e punhais também foram usados. Alguns mongóis usaram a pólvora em bombas e granadas explosivas.

A arma mais comum de longa distância era o arco composto, uma arma pequena, mas resistente, que tinha o dobro do alcance do arco inglês. Os mongóis usavam vários tipos de flechas, dependendo da situação: algumas eram ideais para a perfuração, enquanto que outras tinham a ponta  de ferro e podiam percorrer longas distâncias. Eles ainda tinham flechas especiais. A mais famosa era a seta apito,  uma flecha oca que fazia um som de assobio alto, quando atirada. Muito útil para assustar o inimigo, porém, ainda mais proveitosa  para a sinalização: as hordas mongóis eram enormes, os gritos de comandos eram difíceis de se ouvir, os comandantes disparavam essas flechas como sinais para as tropas. Flechas incendiárias também foram utilizadas, assim como flechas projetadas para causar feridas terríveis, deixando o inimigo em condições de extremo sofrimento no campo de batalha.

A armadura não foi usada até os últimos estágios da era mongol. Em vez da malha de aço, a maioria dos exércitos mongóis preferia a armadura de couro, feita por imersão do couro do cavalo na urina. Eles também blindavam os cavalos.


8 - Os mongóis descobriram bem cedo que para criar um império gigante, eles teriam que aceitar os hábitos dos povos conquistados. Eles deixavam seus súditos manterem a própria religião e também importantes hábitos culturais.  Os senhores mongóis chegavam a incentivar a religião e a cultura dos súditos, em ações como a redução de impostos para os sacerdotes.  A  atitude muito aberta e relaxada dos mongóis em relação à religião, não lhes custou praticamente nada, mas lhes forneceu uma ferramenta valiosa para manter a submissão das nações conquistadas.


9 – Os mongóis foram ocasionalmente referidos como tatars ou tartars, pelos povos que aterrorizaram. Essas palavras derivam de Tata, o nome que os mongóis se davam. No entanto, quando as pessoas perceberam que a palavra soava muito parecida com Tártaro, a variação da mitologia romana do Inferno, eles começaram a chamar os mongóis de tártaros: "pessoas do Tártaro", ou seja, homens saídos do inferno.

O termo tártaro  ainda está em uso, embora não seja mais  tão ameaçador. Hoje,  "tártaro" refere-se a pessoas etnicamente turcas, que vivem principalmente na Rússia, no Cazaquistão e na Sibéria.


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Em 1258 os mongóis sitiaram e saquearam Bagdá. Eles executaram os membros restantes da família abássida, destruíram a cidade  e a maioria dos seus monumentos arquitetônicos, religiosos e literários, incluindo o sistema de irrigação suméria original, que havia iniciado a prosperidade da região.


10 - Subutai, também conhecido como Subedei, foi um dos maiores motivos  que tornaram Genghis Khan capaz de formar o Império Mongol. Ele foi um dos Genghis: "Quatro Cães de Guerra" e o estrategista-chefe mongol. Subutai é considerado um dos mais brilhantes estrategistas militares da história, e facilmente o general mais hábil em um exército já repleto de líderes insanamente qualificados e destemidos.

Subutai foi pioneiro no uso de armas de cerco e da inteligência militar. Ele sempre descobria quais as táticas que o oponente usava, antes de planejar a sua própria, o que lhe permitiu avançar com os contra-ataques mais eficazes.

Quando Genghis Khan morreu durante a conquista da China e seu filho Ogedei o substituiu, Subutai continuou a servir o novo Khan. Juntos, Ogedai e Subutai voltaram sua atenção para a Europa. Eles derrotaram alguns exércitos e estavam se preparando para invadir a Europa Central quando Ogedai morreu em 1241. Em um grande golpe de sorte para a Europa, o seu sucessor, Guyuk Khan, removeu Subutai da frente europeia por razões políticas e o mandou para a China. Subutai, aos 70 anos de idade na época,  foi obrigado a  lutar na China por um ano, antes de voltar para casa para morrer de velhice.


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Seriam os deuses afronautas? O espirituoso programa espacial da Zâmbia

30 de outubro de 1964, durante a comemoração da Independência da Zâmbia, um homem aborda o repórter da revista Time, que está cobrindo a festividade. O autoproclamado diretor da agência espacial zambiana, Edward Makuka  Nkoloso, mostra ao jornalista, o seu projeto de enviar 12 homens, uma moça de 17 anos e 2 gatos a Marte. Makuka, professor de ciências de uma escola primária, revela ao atônito americano como pretende enviar um foguete de alumínio ao espaço usando um sistema batizado de Mukwa, cuja propulsão é baseada na velha e eficiente catapulta.

Em plena corrida espacial, disputada entre Estados Unidos e União Soviética, Makuka, o fundador da Z.N.A.S.S.R.P (Zambia National Academy of Science, Space Research and Philosophy), queria passar à frente das duas potências, tornando a Zâmbia o primeiro país a levar um homem ao planeta vermelho, ( Por que não à Lua? Ora, se vamos sonhar, sonhemos alto ). A fim de angariar fundos para o projeto, Makuka escreveu uma carta, publicada em um periódico local, onde pedia 7 milhões de libras zambianas a UNESCO.
 
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A carta dirigida à UNESCO, com a fotografia de Edward Makuka Nkoloso

Pelas suas observações de Marte, feitas no telescópio do seu centro espacial, Makuka chegou à conclusão de que o planeta era habitado por nativos primitivos, então, um missionário cosmonauta foi convocado à missão. O objetivo desse capelão espacial era converter os marcianos pagãos ao cristianismo.

Durante o programa espacial, os sofridos astronautas africanos se estabeleceram em uma "base secreta" nas cercanias de Lusaka, a capital da Zâmbia. Ali, dispondo de um único capacete do exército britânico, eles se revezavam para serem jogados morro abaixo dentro de barris de azeite. Com este duro treinamento, segundo Makuka, eles conseguiam ter a sensação da ausência de gravidade, condição presente nas viagens espaciais.


O financiamento da UNESCO, por razões desconhecidas, nunca chegou. Longe de sentir-se desanimado, Makuka continuou os preparativos da incrível jornada pelo cosmos. Em sua paranoia marciana, ele alertou ao então recente governo do país sobre a presença de espiões russos e americanos, que estariam planejando invadir sua base secreta para roubar seus planos e seus gatos espaciais.

Por fim, o projeto foi abandonado quando a jovem astronauta Matha Mwambwa engravidou e foi resgatada pelos pais. O resto da equipe também abandonou o projeto. Anos depois, Makuka candidatou-se a prefeito de Lusaka, mas não obteve sucesso. Ele queria transformar a cidade em uma Paris africana. Apesar dessa nova ambição, Makuka nunca deixou de sonhar com a conquista do espaço.

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"Afronautas", trabalho fotográfico de  Cristina de Middel inspirado por esta história verdadeira.


O que permanece fascinante para nós hoje é que Makuka contou com a sublimidade da conquista do cosmos para ganhar seguidores e influenciar pessoas. É um lembrete do poder das viagens espaciais  no imaginário popular nos anos sessenta.

Leia também: O dia em que os americanos planejaram explodir a Lua

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10 alterações do passado que mudariam drasticamente a história do mundo

História contrafactual é um gênero literário que se concentra em como a história poderia ser diferente, caso um ou mais eventos importantes do passado tivessem seguido por outros caminhos. Os autores apresentam inúmeras histórias alternativas de acontecimentos famosos como as Guerras Napoleônicas, a Guerra Civil Americana e as Guerras Mundiais. Para exemplificar: muitos autores tem especulado: "E se Alexandre, o Grande, ou Júlio César tivessem vivido mais tempo?" Ou "E se Napoleão ou as Potências do Eixo tivessem vencido suas respectivas guerras?" Nessa postagem estão 10 desses cenários alternativos.


1 – E se os romanos tivessem vencido a Batalha da Floresta de Teutoburgo?

Efeito: Ninguém  falaria inglês.

Em What If (1999), editado por Robert Cowley, historiadores ponderaram sobre o que aconteceria se alguns eventos históricos tivessem  sido diferentes. Muitos deles abordaram perguntas populares: E se os americanos tivessem perdido a Guerra Revolucionária? E se a invasão do Dia D tivesse falhado em 1944? Mas, um ensaio escrito pelo falecido Lewis H. Lapham, então editor da revista Harper, trouxe à tona um confronto pouco conhecido, uma batalha que ocorreu no ano 9 depois de Cristo entre as legiões romanas e as tribos germânicas na Floresta de Teutoburgo. As tribos emboscaram e destruíram três legiões romanas nesta campanha; os romanos nunca mais tentaram conquistar a Germânia além do Reno.

Lapham sugeriu que, se os romanos tivessem vencido, a história do mundo teria sido muito diferente, com um "império romano preservado da ruína, o não surgimento do idioma Inglês, nem a necessidade nem a ocasião para uma Reforma Protestante ...  "

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2 – E se o cristianismo não tivesse chegado ao Ocidente?

Efeito: O Iluminismo teria começado mais cedo e durado centenas de anos.

O filósofo francês Charles Renouvier, no livro Uchronie (1876), sugeriu uma história em que o cristianismo não chegou ao Ocidente através do Império Romano, devido a uma pequena alteração de eventos após o reinado de Marco Aurélio. Nesta história, enquanto que a palavra de Cristo ainda se espalhava por todo o Oriente, a Europa gozava de uma milênio extra de cultura clássica. Quando o cristianismo finalmente alcança o Ocidente, é absorvido sem causar danos à sociedade multi-religiosa existente nesta Europa alternativa. Naturalmente, este ponto de vista da história foi influenciado pela própria visão de mundo de Renouvier, que, embora não fosse ateu,  não era fã da religião organizada.


3 – E se Charles Lindbergh fosse eleito presidente americano em 1940?

Efeito: Os Estados Unidos teriam se aliado com os nazistas.

O romance de Philip Roth, The Plot Against America (2002), dá-nos uma história alternativa em que Charles Lindbergh, piloto e herói americano, torna-se o candidato presidencial republicano em 1940, derrotando Franklin Roosevelt. O Presidente Lindbergh, um supremacista branco e anti-semita, declara lei marcial, joga seus oponentes na prisão e se alia com a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Nesse mundo, Lindbergh é lembrado como um vilão nacional – reputação que ele realmente merece,  na opinião de Roth.

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4 – E se Hitler tivesse sido bem sucedido na invasão da Rússia?

Efeito: O Fuhrer seria reverenciado pela história como um grande líder.

Na novela Fatherland, de Robert Harris, a Alemanha nazista invade com sucesso a Rússia em 1942. No entanto, ao descobrirem que a Inglaterra havia quebrado o código Enigma, os nazistas optam pelo mais seguro e fazem a paz com o Ocidente. Através da magia da propaganda, Hitler é reverenciado 20 anos mais tarde como um líder amado. É uma história alternativa, é claro, mas Harris traçou um paralelo com a história verdadeira: esta foi a Rússia de Stalin com os nomes alterados.


5 -  E se o Sul tivesse vencido a Guerra Civil Americana?

Efeito: Os Estados Unidos se tornariam novamente uma nação unificada… em 1960.

Em um artigo de 1960 publicado na revista Look, o autor MacKinlay Kantor imaginou uma história em que as forças confederadas venceram a Guerra Civil em 1863, forçando o desprezado presidente Lincoln a exilar-se. Neste passado imaginário, as forças sulistas anexaram Washington, renomeando-a como Distrito de Dixie. Os Estados Unidos (ou o que sobrou dele) muda sua capital para Columbus, Ohio - agora chamado de Columbia - mas já não pode se dar ao luxo de comprar o Alaska dos russos. O estado do Texas, descontente com o novo arranjo, declara sua independência em 1878. Sob pressão internacional, os estados do Sul vão abolir gradualmente a escravidão. Depois de lutar juntos em duas guerras mundiais, as três nações são reunificadas em 1960 - um século após a secessão da Carolina do Sul ter levado à Guerra Civil.


6 – E se a Reforma Protestante nunca tivesse acontecido?

Efeito: O Cristianismo continuaria a governar o mundo; a ciência, nem tanto.

O renomado escritor Kingsley Amis entrou no território da história alternativa em 1976, com o premiado romance The Alteration. Nessa história imaginária, o irmão mais velho de Henrique VIII, Arthur, tem um filho pouco antes de morrer. Quando Henrique tenta usurpar o trono de seu sobrinho, o Papa intervém e Henrique é derrotado em uma guerra contra o Vaticano. Sendo assim, a Igreja Anglicana nunca é fundada, a Armada Espanhola não é derrotada, Elizabeth I não existiu  e Martinho Lutero se reconcilia com a Igreja Católica, tornando-se Papa. Naturalmente, isso transforma a Europa em um lugar muito diferente. Em 1976, o continente é governado pelo Vaticano, em meio à uma guerra sangrenta e interminável entre cristãos e muçulmanos. Neste mundo, a  tecnologia regrediu, a eletricidade é proibida e os cientistas são malvistos e desprezados.


7 – E se a Crise do Mísseis de Cuba tivesse se transformado em uma guerra de grande escala?

Efeito: O fim da proliferação nuclear… exceto nos Estados Unidos.

Em 1999, Brendan DuBois,  no romance  Resurrection Day, prevê um mundo em que os militares americanos sabotam as tentativas do presidente Kennedy para negociar a paz durante a Crise dos Mísseis Cubanos. Os Estados Unidos invadem Cuba, fazendo com que a crise se transforme em uma guerra nuclear. A União Soviética é destruída, a República Popular da China cai, uma nuvem radioativa paira sobre a Ásia matando milhões de pessoas. Enquanto isso, os Estados Unidos perdem Nova York, Washington, Los Angeles, Miami e outras cidades importantes. Depois do apocalipse nuclear, todas as nações sobreviventes renunciam à sua posse de armas nucleares - com exceção dos americanos, agora vivendo sob  lei marcial (como os militares haviam planejado o tempo todo).

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8 – E se Marilyn Monroe tivesse sobrevivido?

Efeito: Ela ganharia um Oscar ou sofreria lavagem cerebral.

A morte de Marilyn Monroe, em 1962, aos 36 anos, tem sido ponderada por alguns escritores. No romance Idlewild (1995), o jornalista Mark Lawson criou um mundo onde Marilyn sobrevive às suas "tentativas de suicídio" e o presidente Kennedy também sobrevive à tentativa de assassinato. Os dois continuam o notório (embora historicamente não comprovado) caso por mais de 30 anos.

O dramaturgo Douglas Mendin, em uma história de 1992, para a Entertainment Weekly, imaginou que se Marilyn sobrevivesse, ela iria dedicar-se a atuação séria, a ponto de ganhar um Oscar em 1965, sem maquiagem e com o cabelo castanho. Ela, então, gravaria uma canção com Frank Sinatra, faria alguns filmes ruins e desistiria de atuar em 1980 para cuidar de seus filhos gêmeos viciados em drogas.

Em seguida, veio o  tabloide americano The Sun. Em uma história de 1990, o jornal "revelou" que Marilyn, na verdade, ainda estava viva. De acordo com o The Sun, depois de ameaçar revelar seu caso com Kennedy, ela foi drogada, sofreu lavagem cerebral e foi levada para a Austrália, onde vive atualmente uma "vida simples como esposa de um criador de ovelhas."


9 – E se James Dean tivesse sobrevivido ao acidente de carro em 1955

Efeito: Robert Kennedy sobrevive à tentativa de assassinato.

No romance The Rebel de 2004, o escritor Jack Dann retrata uma história em que a estrela de cinema James Dean sobrevive ao fatal acidente de carro em 1955. Se Dean tivesse sobrevivido, ele teria inspirado um de seus fãs, Elvis Presley, a deixar o rock para tornar-se um ator sério (o que sempre foi a ambição do Rei ). Dean se tornaria mais tarde o governador democrata da Califórnia, empurrando o seu adversário, Ronald Reagan, para o total esquecimento. Na eleição presidencial de 1968, Dean seria companheiro de chapa de Robert Kennedy, acabando por  salvá-lo da bala do assassino.

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10 – E se o Presidente Kennedy tivesse sobrevivido à tentativa de assassinato?

Efeito: Os republicanos ganhariam todas as eleições nos 30 anos seguintes

O assassinato de Kennedy em 1963 é um evento popular da história alternativa, inspirando romances, peças de teatro e coleções de contos. Em um ensaio no livro What Ifs? of American History (2003), Robert Dallek, um biógrafo de Kennedy, sugere que caso tivesse sobrevivido,  Kennedy teria evitado a Guerra do  Vietnã, e que ele seria bastante popular no final de seu segundo mandato, ao ser sucedido por seu irmão, o Procurador-Geral Robert Kennedy. Resultado: Nada de Caso Watergate.

Outros escritores foram menos gentis, prevendo que JFK provocaria violentas manifestações anti-guerra, acidentalmente começaria a Terceira Guerra Mundial, ou continuaria seu caso com Marilyn Monroe (que também sobrevive à sua morte prematura) por mais 30 anos.

Uma das teorias mais inusitadas foi escrita em 1993, no trigésimo aniversário da morte do presidente Kennedy. Peter Hitchens, jornalista do London Daily Express, escreveu um obituário fictício, no qual Kennedy sobrevive e se torna um dos presidentes mais impopulares da América, antes de finalmente morrer aos 75 anos, chorado por quase ninguém. Sua presidência, no artigo especulado, seria tão desastrosa que os democratas não ocupariam a Casa Branca pelos próximos 30  anos. Até mesmo o vice-presidente de Bush, Dan Quayle, seria eleito, depois de ganhar um debate contra Bill Clinton.

Hitchens não explicou como Nixon evitaria o escândalo de Watergate, ou onde Quayle obteria suas habilidades de debate. Afinal, como tudo nessa lista, essa realidade alternativa também é somente pura especulação.

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A Segunda Guerra Mundial em fotos: o conflito se espalha pelo globo

A partir dos últimos meses de 1940 até o verão de 1941, o conflito entre os Aliados e as potências do Eixo, se transformou na verdadeira Segunda Guerra Mundial. A campanha do Leste Africano e a do Deserto Ocidental, ambas iniciadas nesse período, levaram as forças italianas ( apoiados por tropas alemãs ) e britânicas a confrontar-se nos desertos do Egito e da Líbia, bem como da Etiópia até o Quênia. O Pacto Tripartite - uma declaração de cooperação entre a Alemanha, Itália e Japão - fora assinado em Berlim. As forças japonesas ocuparam o Vietnã, estabelecendo bases na Indochina Francesa, e continuaram atacando a China. Mussolini ordenou que suas forças atacassem a Grécia, lançando a Guerra Greco-Italiana na Campanha das Balcãs. A Batalha da Grã-Bretanha continuou, com as forças da Alemanha e da Grã-Bretanha se digladiando nos céus e nos mares. Os Estados Unidos iniciaram o programa Lend-Lease, que acabaria por enviar 50 bilhões de dólares em armas e suprimentos para as nações aliadas. Uma fase sinistra dos planos nazistas era acionada, com os alemães estabelecendo áreas muradas em Varsóvia e em outras cidades polonesas, isolando os judeus das áreas circunvizinhas e forçando-os a viver nesses guetos.

 

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Entrando no quarto ano de guerra contra o Japão, as forças militares chinesas reforçaram a sua força aérea, produzindo os próprios armamentos e treinando seus homens nos métodos da guerra moderna. Na fotografia, os cadetes chineses desfilam em uniformes de batalha, nota-se que eles escolheram  o modelo alemão de capacete, feito de aço. Em algum lugar da China, em 11 de Julho de 1940.


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Homens da infantaria britânica em uma trincheira perto de Bardia, um porto líbio que tinha sido ocupado por forças italianas e recuperado pelos  Aliados em 5 de janeiro de 1941, após um cerco de 20 dias.


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Com uma formação rochosa ao fundo, um bombardeiro britânico decola em 15 de maio de 1941, em algum lugar no leste da África, deixando para trás um rastro de fumaça e areia.



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Navios de guerra da frota britânica do Mediterrâneo bombardeando Fort Cupuzzo, em Bardia, Líbia, em 21 de junho de 1940. Na foto, podemos ver as baterias antiaéreas, prontas para a ação.



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Uma vista aérea de Tobruk, Líbia, onde se vê depósitos de gasolina em chamas, após ataques das forças aliadas em 1941.


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Bardia, um porto líbio fortificado, foi capturado pelas forças britânicas, sendo feitos mais de 38 mil prisioneiros italianos, incluindo quatro generais. Também foram apreendidas vastas quantidades de material bélico. Na foto, uma procissão interminável de prisioneiros italianos deixa Bardia, em 5 de Fevereiro de 1941, depois que os australianos  tomaram posse do lugar.


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Um esquadrão de veículos blindados, do modelo Bren Carrier, tripulados por soldados da Cavalaria Ligeira Australiana, avança através do deserto egípcio, em janeiro de 1941. As tropas realizavam manobras em preparação para a campanha dos Aliados no norte da África.


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Este armeiro do comando da RAF no Oriente Médio prepara uma bomba para uma missão contra as forças italianas, na Campanha da África. Esta grande bomba ainda não esta armada, mas logo estará pronta para o seu trabalho mortal. Foto tirada em 24 de outubro de 1940.


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O momento em que uma patrulha de caças britânicos Hurricane, voando sobre um setor no Oriente Médio, rompe a formação para atacar aeronaves inimigas, em 28 de dezembro de 1940.


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Esta foto, feita a partir de um avião militar britânico durante o assalto de Tobruk, mostra o cruzador italiano San Giorgio, queimando a meia-nau no porto de Tobruk, em 18 de fevereiro de 1941.


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O corpo de um soldado italiano, repousa no exato lugar onde ele caiu durante a batalha, em uma fortaleza com paredes de pedra, em algum lugar no deserto da Líbia Ocidental, em 11 de fevereiro de 1941.


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Um tanque cruzador britânico é descarregado em um porto no Egito, em 17 de novembro de 1940. Um grande número desses veículos foi enviado ao Egito pelas forças britânicas.


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Haile Selassie (direita), o exilado Imperador da Etiópia, cujo império foi anexado pela Itália, retorna com um exército de voluntários etíopes para ajudar os britânicos na África, em 19 de fevereiro de 1941. Na foto, o imperador inspeciona um aeroporto, com um intérprete ao seu lado. Em 5 de maio de 1941, depois que os italianos na Etiópia foram derrotados pelas tropas aliadas, Selassie voltou para Adis Abeba e retomou sua posição como governante etíope.


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Homens do Cameron Highlanders, um regimento escocês da infantaria britânica, juntamente com soldados indianos marcham, passando pela Grande Pirâmide no deserto Africano do Norte, em 9 de dezembro de 1940.


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O Marechal de Campo Erwin Rommel, comandante da Afrika Korps, bebe com um oficial alemão não identificado, durante a inspeção das tropas alemãs enviadas para auxiliar o exército italiano na Líbia em 1941.


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Um enorme tanque alemão Panzer IV, que fez parte da força expedicionária alemã na África do Norte, para no deserto da Líbia, em 14 de abril de 1941.


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Crianças do Japão, Alemanha e Itália se reúnem em Tóquio para celebrar a assinatura da Aliança Tripartite entre as três nações, em 17 de dezembro de 1940. O ministro japonês da Educação, Kunihiko Hashida, centro, segurando bandeiras cruzadas, e o prefeito de Tóquio, Tomejiro Okubo, estavam entre os presentes.


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Um bombardeiro japonês em voo em 14 de setembro de 1940. Abaixo, a fumaça de um conjunto de bombas lançadas em Chongqing, China, perto de uma curva do rio Yangtzé.


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Soldados chineses instalam um detector de som para orientar no disparo dos canhões antiaéreos de 3 polegadas, em torno da cidade de Chongqing, na China, em 2 de Maio de 1941.


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Com nada além de devastação à sua frente, este menino chinês persiste no seu ofício de carregador de água, depois de quatro dias e noites de bombardeio aéreo por  aviões de guerra japoneses, em Chongqing, na China, em 10 de agosto de 1940.


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Um tanque japonês passa por cima de uma ponte de emergência, em algum lugar na China, em 30 de junho de 1941.


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Esta vista aérea mostra navios e  aviões japoneses, dispostos em linha de batalha, em 29 de outubro de 1940, ao largo da costa de Yokohama, no Japão.


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Corpos de cidadãos mortos de Chongqing são empilhados depois que cerca de 700 pessoas foram mortas por um bombardeio japonês. Na China, em julho de 1941. Entre 1939 e 1942, cerca de três mil toneladas de bombas foram lançadas sobre Chongqing por aviões japoneses, resultando em mais de 10 mil vítimas civis.


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Forças coloniais francesas saindo de Haiphong, na região de Tonkin,  na Indochina Francesa, em 26 de setembro de 1940, quando as tropas japonesas de ocupação assumiram o porto e a cidade, sob os termos do acordo franco-japonês, onde a França de Vichy cedeu o controle militar  da região às forças nipônicas.


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Bombardeiros italianos  voando para a região de fronteira da Albânia com a Grécia, em 9 de janeiro de 1941. As forças italianas lançaram uma invasão da Grécia a partir do território albanês em 28 de outubro de 1940.


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Bombardeiros da Real Força Aérea Britânica numa incursão sobre a cidade portuária de Valona, ocupada pelos italianos, ​​na Albânia, em 11 de janeiro de 1941.


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Um pelotão de soldados alemães passando por uma aldeia grega, durante a ocupação da Grécia, em maio de 1941.


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Enquanto aviões de combate alemães patrulhavam a área,  aviões de transporte de tropas os seguiam, escoltados por bombardeiros. Aqui, um avião de pára-quedistas é abatido, em 16 de junho de 1941, na ilha grega de Creta.


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Um paraquedista alemão morto e seu paraquedas, na ilha de Creta, no início de 1941.


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A fim de alertar a sua própria força aérea para a sua presença e evitar o fogo amigo, soldados alemães espalham a suástica em barcos usados ​​pelos homens da Schutzstaffel para cruzar o Golfo de Corinto, na Grécia, em 23 de maio de 1941.


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Uma vista do telhado da Catedral de São Paulo, em Londres, em janeiro de 1941, mostrando como o famoso prédio ficou cercado por incêndios na noite da grande Blitz. Edifícios devastados são vistos em todos os lados, com a torre do Old Bailey, encimada por sua estátua de Justiça, ainda de pé no canto superior esquerdo.


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A dramática e trágica cena do afundamento do Lancastria, um navio da Companhia Cunard White Star Line, em 3 de agosto de 1940. O Lancastria tinha ido ajudar na  evacuação de cidadãos e  das tropas britânicas da França, tendo embarcado o maior número possível de pessoas para o que seria uma viagem curta - cerca de 4.000 a 9.000 passageiros estavam a bordo. Aviões Junkers 88 alemães bombardearam o navio pouco depois que ele partiu da França. O navio afundou dentro de vinte minutos. Enquanto 2.477 pessoas foram resgatadas, cerca de outras 4.000 morreram por explosões de bombas, bombardeios, afogamento, asfixia na água suja de óleo.


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Artilharia antiaérea alemã em ação, em algum lugar ao longo da costa do Canal da França, em 19 de janeiro de 1941.


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Esta fotografia foi tirada em 31 de janeiro de 1941, durante um ataque aéreo noturno realizado pela RAF acima de Brest, na França. A impressão é de que tanto as bombas despejadas dos aviões quanto o fogo antiaéreo vem do céu. No período de três a quatro segundos, durante o qual o obturador permaneceu aberto, a câmera capturou claramente o furioso combate. As linhas finas de luz são de balas traçantes e as linhas mais largas são de armas pesadas. Fábricas e outros edifícios podem ser vistos abaixo.


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Um soldado britânico e um marinheiro canadense num porto inglês. Dois exemplos de súditos da coroa britânica unidos no esforço de guerra, em 14 de janeiro de 1941.


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Jimmy Stewart, um astro de Hollywood, é empossado como segundo-tenente do Corpo Aéreo do Exército Americano pelo tenente E.L. Reid, diretor de pessoal da costa oeste do centro de treinamento em Moffett Field, Califórnia, em 1 de Janeiro de 1941. Stewart era um dos atores mais populares de Hollywood, antes de entrar no Exército em 1941.


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Antigos, mas ainda úteis destroieres americanos ancorados no Arsenal da Marinha, na Filadélfia, em 28 de agosto de 1940. Os planos americanos eram modernizar estes navios e transferí-los para os países aliados. Estes planos seriam promulgados como lei, como o programa Lend-Lease, assinado em março de 1941, e resultariam em bilhões de dólares de material de guerra enviados para os Aliados.


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Uma equipe de observadores sobre o Empire State Building, durante um teste de defesa aérea conduzido pelo Exército dos EUA, em 21 de janeiro de 1941, em Nova York. O objetivo era identificar bombardeiros do "inimigo invasor" e enviar informações aos centros militares que enviariam aviões interceptores. Os testes, que foram executados durante quatro dias, cobriam uma área de 18.000 quilômetros quadrados.


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Funcionários dos correios dos Estados Unidos queimam 17 toneladas de material de leitura, marcados pelas autoridades postais como propaganda, em um forno em São Francisco, Califórnia, em 19 de março de 1941. A maior parte dos jornais, livros e panfletos veio da Alemanha nazista e também da Rússia, Itália e Japão.


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Estes recrutas árabes se alinham no pátio de um quartel, sob o Mandato Britânico da Palestina, em 28 de dezembro de 1940, para a sua primeira perfilação para um oficial britânico. Cerca de 6.000 árabes palestinos se alistaram no exército britânico durante o curso da II Guerra Mundial.


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Sinalizadores de artilharia, na madrugada de 16 de dezembro de 1940, em um posto avançado na Palestina. Os homens se agasalham para se proteger do frio do deserto.


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Os muros recém-construídos na parte central de Varsóvia, na Polônia, como vistos em 20 de dezembro de 1940. No Gueto de Varsóvia foram segregados cerca de 500 mil judeus.


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Uma cena do Gueto de Varsóvia, onde os judeus são vistos usando braceletes brancos com a estrela de Davi e no bondes o aviso nazista advertindo: "Apenas para Judeus", em 17 de fevereiro de 1941.


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Um oficial do exército alemão dá instruções à crianças judias em um gueto de Lublin, na Polônia ocupada pelos alemães, em dezembro de 1940, dizendo-lhes "Não se esqueçam de se lavar todos os dias."


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Crianças judias de um gueto em Szydlowiec, na Polônia, durante a ocupação nazista, em 20 de dezembro de 1940.


A História da Segunda Guerra Mundial em Fotos,  será uma série  de 21 postagens com mais de 800 fotografias distribuídas em  temas seguindo a cronologia do conflito. Se você gosta de história, em particular da história da Segunda Guerra Mundial, aconselho  que assine a nossa Newsletter ou curta nossa página no Facebook, para  não perder nenhum episódio. O próximo terá como tema: A Operação Barbarossa.  Não perca!

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