Seis horripilantes segredos do faraó Tutancâmon

Em 3 de janeiro de 1924, o arqueólogo britânico Howard Carter, que estava escavando a câmara mortuária de Tutancâmon, no Vale dos Reis do Egito por quase dois anos, encontrou o maior tesouro de sua vida, uma tumba de pedra contendo três sarcófagos, o último deles, feito de ouro maciço, continha os restos mortais de Tutancâmon, o faraó menino.

A tumba de Tutancâmon e as riquezas que ela guardava, alimentariam uma obsessão mundial pelo Egito Antigo, em especial, pelo governante morto há muito tempo, que reinou por apenas uma década, há cerca de 3.300 anos. No aniversário da lendária descoberta de Carter, exploremos seis fatos surpreendentes sobre o faraó adolescente e seu lugar de descanso final.


tutancâmon


1 – Nunca existiu a maldição de Tutancâmon

Quando Carter entrou pela primeira vez no túmulo do faraó Tutancâmon em novembro de 1922, seu financiador George Herbert, um senhor rico com uma paixão pela egiptologia, estava ao seu lado. Quatro meses mais tarde, Herbert morreu de uma infecção no sangue, causada por eripsela, certamente contraída pela picada de um mosquito infectado.

Os periódicos especularam que o aristocrata inglês havia sido vítima da "maldição da múmia",  supostamente inscrita em uma tabuleta de argila fora do túmulo de Tutancâmon. Os rumores ecoaram novamente após as mortes súbitas de outras pessoas que haviam visitado o Vale dos Reis. Acontece, porém, que jornalistas sensacionalistas fabricaram a história da inscrição. E, em 2002, cientistas examinaram as taxas de sobrevivência de 44 ocidentais que estiveram no Egito durante a escavação de Carter, concluindo que eles não correram nenhum risco de morrer prematuramente, a não ser, é claro, os que são comuns a todos os filhos da humanidade.


2 – A morte prematura de Tutancâmon foi provavelmente acidental

Durante anos, especulou-se que a morte do rei Tutancâmon, aos 19 anos,  resultara de um golpe na cabeça, causado, talvez, por um rival assassino. Mais recentemente, no entanto, os especialistas determinaram que o dano no crânio de sua múmia ocorreu após a morte, durante o processo de embalsamento ou nas mãos da equipe de Carter. Assim sendo, como o rei menino morreu?

Em 2005, um estudo revelou que ele quebrou a perna e desenvolveu uma infecção no ferimento pouco antes da morte. Segundo uma teoria, o faraó sofreu a contusão ao cair do seu carro durante uma caçada. Enquanto isso, testes de DNA feitos em 2010, sugeriram que Tutancâmon tinha malária, o que pode ter agravado a infecção na perna ou o levado a cair, em primeiro lugar. Teorias alternativas sobre a morte do faraó Tutancâmon pululam por aí, incluindo a hipótese de que ele sucumbiu à mordida letal de um hipopótamo furioso.

Howard Carter e a múmia de Tutancâmon

3 – Tutancâmon reverteu as reformas religiosas feitas pelo seu pai

Os historiadores descrevem o reinado de Tutancâmon como em grande parte sem intercorrências, mas o jovem faraó fez pelo menos uma grande reforma. Seu pai, Aquenáton, considerava o deus Aton como a divindade mais importante do panteão egípcio e incentivava seu culto acima de todos os outros. Aquenáton também transferiu a capital egípcia de Tebas para um nova cidade dedicada a Aton. A Tutancâmon é dado o crédito de ter revertido essas mudanças religiosas impopulares, restaurando o deus Amon à sua antiga glória e trazendo a capital de volta para Tebas. Ele abandonou seu nome original, Tutankhaten ("imagem viva de Aton"), para Tutancâmon ("imagem viva de Amon").

-  11 fatos sobre o Antigo Egito que você desconhece


4 – Tutancâmon foi, provavelmente, o produto de incesto

Em 2010, pesquisadores que realizaram análises de DNA nos restos mortais do faraó Tutancâmon e de seus parentes, fizeram um anúncio chocante. O rei menino, acreditavam eles, era o produto do incesto entre o faraó Aquenáton e uma de suas irmãs. A endogamia era galopante entre os membros da realeza egípcia, que se viam como descendentes dos deuses e desejavam manter a pureza das linhagens. Os peritos afirmam que essa tendência contribuiu para a maior incidência de defeitos congênitos, tais como fenda palatina os pés tortos, entre os antigos governantes egípcios. Tutancâmon também acabaria por casar-se com a filha de seu pai,  sua meia-irmã  Anchesenamon.


5 – Tutancâmon não foi sepultado sozinho

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Zahi Hawass, supervisor de antiguidades do Egito, coordena a remoção de Tutancâmon do seu sarcófago


Aventurando-se mais no túmulo de Tutancâmon, Carter descobriu uma sala de tesouro repleto de objetos funerários inestimáveis, incluindo estátuas de ouro, joias rituais, pequenos barcos que representam a viagem para o submundo e um santuário para os órgãos embalsamados do faraó. A câmara também guardava dois sarcófagos em miniatura com fetos dentro deles. Testes recentes de DNA sugerem que uma das múmias é a da filha natimorta de Tutancâmon e que a outra, provavelmente também era de seu filho. Especialistas acreditam que Tutancâmon não deixou herdeiros vivos, talvez porque ele e Anchesenamon só podiam conceber filhos com doenças congênitas fatais.


6 – Três milênios depois de sua morte, o outrora desconhecido Tutancâmon tornou-se um mito de popularidade

Durante vários anos seguintes à descoberta de Carter, nenhum governante, vivo ou morto, era mais popular do que o faraó menino do Egito. Anteriormente uma nota menor no tomo da história egípcia, Tutancâmon tomou o mundo de assalto. Mulheres usavam braceletes de serpentes e vestidos  inspirados na icônica máscara funerária do faraó; múmias assombravam as telas dos cinemas; dançarinas no Folies Bergère, em Paris, executavam coreografias de temática baseada em Tutancâmon. A "Tutmania", como o movimento ficou conhecido, voltou a varrer os Estados Unidos quando uma coleção de objetos do túmulo do faraó percorreu o país de 1977 a 1979. A mania chegou a tal ponto febril que o comediante Steve Martin a ridicularizou em sua canção de 1978 chamada "King Tut" [ veja o vídeo – link patrocinado ].

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Cacófatos, como gerar tráfego e outros links interessantes

Iniciaremos hoje nossa seção de links da semana. São matérias que me chamaram a atenção e que desejo partilhar com os leitores do blog. Nessa primeira edição selecionamos desde um excelente artigo sobre gerar tráfego para blogs até uma bem humorada postagem sobre as manchetes de um conhecido jornal carioca. Para não ficar na mesmice, faço um breve comentário abaixo de cada link.

7 simples passos para você gerar mais tráfego para seu site ( garantido )

Ninguém escreve para si mesmo, logicamente, escrevemos para que outros leiam. Mas, nesse gigantesco turbilhão chamado internet, quase tudo desaparece no mais completo anonimato. O segredo da sobrevivência é atrair visitantes para o nosso blog, atrair leitores para os nossos escritos. Nesse artigo, que me foi bastante útil, Henrique Carvalho nos fala sem falsas promessas de técnicas simples, de dicas que nos ajudarão a permanecer na superfície da blogosfera.


11 capas do jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro

Criar manchetes para notícias triviais e até mesmo tristes, tem lá os seus desafios. Nesse assunto, ninguém supera o jornal carioca Meia Hora. Usando e abusando do bom humor, de cacófatos e de uma certa poesia, eles conseguem chamar a nossa atenção para qualquer assunto.


12 coisas que você não sabia sobre a Marvel

Como as calças do Hulk crescem quando ele se transforma, continua um mistério, mas há outros pequenos segredos que a Marvel já deixou vazar. Deve ter sido na transferências dos arquivos para a Disney.

Antes que eles desapareçam para sempre

Magnífico projeto do fotógrafo britânico Jimmy Nelson, onde são documentadas as tradições e os costumes de diversos povos ao redor do mundo. Percorrendo as fotografias disponibilizadas no site, temos a confirmação de que a beleza reside na diversidade.

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O esconderijo de Anne Frank

Faça um tour virtual pelo esconderijo de Anne Frank, onde a adolescente judia escreveu o famoso diário relatando as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição nazista

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A máquina do tempo do Padre Pellegrino Ernetti

Marco Túlio Cícero, o grande advogado, orador, político e filósofo, fez um discurso ao Senado romano em 63 a.C e um observador  extasiado comentou: "Seus gestos, sua entonação, o quanto eram poderosos. Que voos de oratória!"

Esses elogios, entretanto, não são de um contemporâneo de Cícero, eles partiram do padre Pellegrino Ernetti, um monge beneditino italiano nascido em 1925 e falecido em 1992. Logicamente, apreciações como as citadas acima, feitas sobre gestos e entonações, só seriam possíveis por meio da observação do referido orador em ação, e é exatamente isso o que o padre Ernetti alegava ter feito. Não para por aí, o monge também supostamente testemunhou um dos discursos de Napoleão, uma tragédia latina de 169 a.C e até mesmo a paixão de Cristo na cruz.

cruxificação
Só mais um visionário místico? Nem de longe. O padre Ernetti era músico, um célebre historiador de música arcaica do Conservatório de Veneza, filósofo e graduado em estudos de física. Foi graças ao seu interesse científico que, na década de 1950, ele teria sido capaz de construir o "cronovisor", uma máquina do tempo de verdade!

Entretanto, diferente do fantástico aparelho imaginado por H.G Wells, o cronovisor não transportava pessoas para frente e para trás no tempo, ele somente permitia ao usuário assistir os eventos históricos no momento exato em que ocorreram, como uma espécie de televisão capaz de transmitir o passado.

O padre Ernetti, que também era um exorcista de fama considerável, afirmou ser o cronovisor  o resultado de muitos anos de estudos conduzidos por uma equipe de cientistas que, além de dele mesmo, incluíam doze outras pessoas famosas que, segundo o padre, preferiram ficar  anônimas. Os únicos nomes divulgados pelo sacerdote foram os de Enrico Fermi,  físico e prêmio Nobel e do cientista de foguetes Wernher von Braun.

"Antes de tudo, eu queria verificar se o que vimos era autêntico", disse o padre Ernetti em entrevista a François Brune, teólogo francês, escritor e também amigo do monge italiano. "Então nós começamos com uma cena relativamente recente, a qual tínhamos muita documentação e filmagens: nós focamos a máquina em um dos discursos de Mussolini. Depois, nós  retrocedemos ainda mais e observamos Napoleão fazendo o discurso no qual proclamava a Itália uma república. Em seguida, viajamos muito mais para trás no tempo, para a Roma Antiga. Primeiro, vimos o alvoroço de uma movimentada feira na época do imperador Trajano, depois, um discurso de Cícero, um dos mais famosos, o primeiro feito contra Catilina." Ernetti disse haver notado pequenas diferenças na pronúncia latina do tempo de Cícero, em comparação com o latim ensinado nas escolas modernas.
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Enrico Fermi e Wernher von Braun, dois dos supostos inventores do cronovisor

Em seguida, os viajantes do tempo assistiram uma peça teatral no ano  169 a.C, um parte da tragédia Tiestes, escrita pelo "pai da poesia latina," Quinto Ênio. É uma peça, explicou Ernetti, agora quase totalmente perdida para nós, apenas vinte e cinco fragmentos, com uma linha mais ou menos cada, sobreviveram.

"Você seria capaz de escrever tudo o que ouviu?" perguntou o padre Brune. "Sim", respondeu Ernetti com entusiasmo. "Eu ouvi e vi tudo, falas, coros, música, eu sou capaz de publicar todo o texto da tragédia."

Ernetti parecia ser muito reticente em dar detalhes sobre invenção da máquina. "Aconteceu praticamente por acidente .... A ideia básica era muito simples. Foi apenas uma questão de tropeçar nela."

E quem exatamente a inventou? "Nenhuma pessoa", respondeu Ernetti. O invento havia sido uma criação conjunta, onde Fermi teve papel seminal.

O padre Ernetti revelou que o cronovisor consistia de três partes. Em primeiro lugar, havia um grande número de antenas, capazes de captar todos os comprimentos de onda possíveis de luz e de som. Essas antenas teriam sido feitas de ligas formadas por três metais misteriosos. O segundo componente seria um tipo de "direcionador temporal", ativado e impulsionado pelos comprimentos de onda de luz e som que recebia das antenas. Era possível configurá-lo para um determinado local, data ou até mesmo um personagem histórico escolhido pelo viajante do tempo. O terceiro componente seria um conjunto extremamente complexo de dispositivos de áudio e vídeo,  que possibilitava a gravação de som e de imagens  a partir de qualquer momento e de qualquer lugar da história.

Afora esses contos envolventes, no entanto, o único fato concreto é que ninguém nunca viu o cronovisor, a única prova de sua existência eram as palavras do sacerdote católico.

Em 2 de maio de 1972, a revista semanal italiana La Domenica del Corriere publicou uma foto que padre Ernetti alegava ter sido obtida através do cronovisor: a imagem mostrava o rosto de Cristo em agonia na cruz.
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O artigo com a foto de Cristo que teria sido tirada pelo cronovisor

"No começo", explicou Ernetti para Brune, "tentamos recuperar as imagens do dia da crucificação de Cristo. Mas tivemos um problema. Crucificações, apesar de  horríveis, eram comuns na época de Cristo. Pessoas era executadas dessa forma todos os dias. Também não ajudou o fato de Cristo ter usado uma coroa de espinhos, porque, ao contrário da crença popular, não era incomum ser punido por ter uma coroa de espinhos cravada na cabeça. "

Os aventureiros do tempo se viram  obrigados a voltar mais alguns dias para o passado, até chegarem à última ceia de Jesus. "Nós vimos tudo", disse o padre Ernetti. "A agonia no jardim, a traição de Judas, o julgamento, o Calvário" A equipe do  cronovisor, supostamente filmara a experiência: "Nós filmamos,  perdemos alguns detalhes, é claro, mas filmamos a Paixão de Cristo."

Entretanto, não há nenhum vestígio do filme. Nunca houve uma única prova "objetiva" a não ser a suposta fotografia de Jesus. Poucos meses após a sua publicação, no entanto, o mistério foi desvendado: em agosto 1972, Giornale dei Misteri publicou uma carta e uma foto enviadas pelo leitor Alfonso De Silva. Ele explicava que havia comprado a foto por 100 liras na loja de presentes do Santuario dell'Amore Misericordioso (Santuário do Amor Misericordioso), na cidade de Collevalenza, perto de Todi e Perugia. Era uma fotografia do rosto de Cristo esculpido por um escultor espanhol chamado Cullot Valera.

A fotografia era idêntica à fornecida pelo Padre Ernetti, sendo que a do cronovisor era a  imagem espelhada da outra. Ninguém poderia negar que elas eram iguais, nem mesmo o Padre Brune, que pediu a seu amigo esclarecimentos sobre o assunto.

A resposta de Ernetti foi bem evasiva, e de certo modo, articulada: Ele explicou que estava ciente da outra foto, ciente de que era um trabalho de um escultor espanhol. O Padre Ernetti garantiu que Valera havia esculpido o seu Cristo de acordo com as instruções de uma determinada freira espanhola, uma mística que carregava os estigmas de Cristo em seu corpo e que era consumida por visões da  Paixão de Cristo. Portanto, as duas fotografias eram idênticas porque ambas retratavam de forma exata à Jesus Cristo.

Logicamente, nada do cronovisor foi mostrado e e padre Ernetti sempre foi muito cuidadoso ao explicar que, depois das viagens experimentais, a máquina havia sido desmontada e "escondida em um lugar seguro."

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Mas por que esconder tal descoberta, perguntou o padre Brune. Ernetti respondeu: "Esta máquina pode entrar em sintonia com o passado de todos, não deixando nada de fora. Com ela, não haverá  mais segredos. Não haverá mais segredos de Estado, não haverá mais segredos industriais, não haverá mais vidas privadas."

Além da fotografia de Cristo, que acabou por ser uma farsa, a única "prova" da existência do cronovisor foi a transcrição da Tiestes, a tragédia perdida. Essa, após uma análise exaustiva feita por Katherine Owen Eldred, doutorada em Clássicos pela Universidade de Princeton, também apresenta sinais de fraude. Uma série de palavras no texto não aparecem na língua latina até pelo menos 250 anos mais tarde. Além disso, diz Eldred, há certas palavras que são reutilizadas muitas vezes, sinal claro de um vocabulário latino limitado, o que certamente não era o caso do autor Quinto Ênio.

O Padre Ernetti morreu em 1992. Ele nunca esclareceu a história do cronovisor. Será ela autêntica? Ou terá sido o nosso monge vítima de sua própria mentira? Terá sido ele incapaz de falar a verdade sobre sua mirabolante história de ficção científica? Ou quem sabe, nesse exato momento, alguém do futuro distante está nos espionando através da fantástica máquina do tempo inventada pelo sacerdote italiano?

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Os nazistas no Brasil: Fotografias dos nazistas na Floresta Amazônica

A história do nazismo no Brasil nunca foi bem contada. Ao que parece, nossos historiadores não se sentem atraídos a pesquisar sobre os interesses do Terceiro Reich nas terras de Vera Cruz. Não obstante a apatia dos pesquisadores brasileiros, os nazistas, é claro, estiveram por aqui, antes e depois da guerra; e eles deixaram rastros por todo o nosso território, até mesmo nos confins da floresta amazônica.

As fotografias dessa postagem são da expedição nazista à floresta amazônica conduzida por Gerd Kahle, Gerhard Krause, Joseph Greiner e o líder da expedição, Otto Schulz-Kampfhenkel,  entre 1935 a 1937, cuja envolvente história você pode ler nesta matéria da Revista Brasileiros: Nazistas na Amazônia.

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A expedição nazista singrando as águas do Rio Jari, no trecho navegável antes da cachoeira de Santo Antônio. Na popa da embarcação tremula a bandeira com a cruz suástica, símbolo do nazismo.
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Os alemães contrataram 30 caboclos da região do Jari para auxiliá-los nos trabalhos da empreitada. Nessa fotografia, aparecem alguns brasileiros que participaram da expedição nazista, homens acostumados a enfrentar as corredeiras e as cachoeiras do Rio Jari. Joseph Greiner é o que está agachado.
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Um nazista colhe dados sobre os índios Aparaí


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Um experiente índio Aparaí foi contratado para servir de guia da expedição. Na proa da canoa podemos ver  poleiros improvisados, onde viajavam sossegadamente duas araras e três papagaios. Uma rústica esteira de arumã protege a carga.


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Na lápide improvisada, o necrológio da cruz explica: “Joseph Greiner morreu aqui em 2/1/36, a serviço da pesquisa alemã, vitimado pela febre – Expedição Alemã do Jari, 1935-1937″.


hidroavião
O hidroavião “Seekadett”, apelidado de “Águia Marinha”, estacionado na rampa destinada a aviões anfíbios, na atual área ocupada pela Aeronáutica, em Belém. Os 3 alemães que chegaram à capital do Pará, em 1935, são vistos entre militares brasileiros.


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Uma das corredeiras do Rio Jari sendo transposta com muita dificuldade, durante a viagem até a Guiana Francesa


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Dois membros da expedição nazista  no Brasil, remam sentados nos flutuadores do hidroavião. Os alemães pretendiam subir o Rio Jari na aeronave, desistindo de fazê-lo depois que conheceram melhor o trecho que precisariam transpor.


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Com a tecnologia da época, os alemães gravaram a língua dos Aparaís

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As crianças que viveram e desenharam o Holocausto

Terezín, um campo de concentração instalado pelos nazistas na periferia de Praga, que era chamado de "Sala de espera do inferno", foi  uma parada sem volta para mais de 150 mil judeus cujo destino final era Auschwitz, 15 mil desses prisioneiros eram crianças e pré-adolescentes.

A artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, nascida em Viena, Áustria, dedicou o tempo que passou aprisionada em Terezín para ensinar arte como terapia para muitas das crianças presas com ela. Antes de ser executada, Friedl conseguiu resgatar 450O desses desenhos, que mais tarde serviram como prova em Nuremberg e que dão um testemunho indelével de toda a barbárie do Terceiro  Reich.

 
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"Todo mundo tem fome" – por Liana Franklová, 10 anos, prisioneira em Terezín.


Friedl conseguiu fazer as crianças recordarem, através dos desenhos, da vida que tinham antes de serem arrancadas de suas casas, mas elas também colocaram no papel toda a triste e horrível realidade do campo de concentração.

Acima de tudo, com a arte, as crianças podiam transportar-se para um mundo de imaginação e fantasia, um mundo onde o bem prevalecia sobre o mal, onde as pessoas eram livres e a esperança, o caminho logo à frente. São inúmeros os desenhos representando a volta para casa, as cenas cotidianas e o desejo de liberdade. Friedl respeitava plenamente a personalidade de cada criança e deixava que elas derramassem e abrissem suas percepções sobre todas as atrocidades que viam no campo de concentração.

Quando a guerra terminou, somente 100 das 15 mil crianças aprisionadas em Terezín, estavam vivas. Muitos dos desenhos tem uma excelente qualidade, levando-se em conta a idade de seus autores. Sem surpresa, algumas daquelas crianças se tornaram artistas de renome. É incrível como até mesmo na mais densa das trevas, uma pequena luz pode surgir, e alçar o espírito humano para a liberdade. Em Terezín, esse raio de esperança chamava-se Friedl Dicker Brandeis!


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Campo Terezín. Helga Weissova, aos 13  anos, nos conta nesse desenho que os nazistas obrigaram os prisioneiros a cortar os beliches. A intenção era fazer o barracão parecer menos apertado, para enganar a inspeção da Cruz Vermelha.



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Gueto de Bedzin, Polônia. Ella Liebermann, 16 anos nos mostra como os judeus eram transportados para a morte.



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Ella Liebermann, 16 anos. Os filhos são arrancados dos braços de suas mães. Gueto de Bedzin, Polônia.



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Alfred Kantor, 17 anos, escreveu sobre seu desenho: " Tocar a cerca significava morte imediata, ainda assim, as pessoas compartilhavam pão, um sorriso… uma lágrima." Terezín.



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Edita Pollakova, de 9 anos, desenha a chegada do trem de deportação a Terezín. Edita morreu em 4 de outubro de 1944, em Auschwitz.


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Ella Liebermann, 16 anos, Gueto de Bedzin, Polônia



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Helga Weissova, 13 anos. Desenho intitulado: Chegada a Terezín. Helga chegou ao campo com somente 12 anos. Ela trazia consigo uma caixa de pinturas e um caderno. Helga fez mais de 100 desenhos sobre a vida no campo, seguindo a recomendação de seu pai: "Pinte o que você vê." Ela foi uma das poucas sobreviventes daquele pesadelo.


 
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O último desenho de Helga Weissova, feito fora de Terezín em 1945.



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Yehuda Bacon, com 16 anos, ao sair de Terezín, desenhou o retrato de seu pai, que havia sido assassinado nas câmaras de gás e cremado em Auschwitz. A face do pai, emerge da fumaça de um forno de cremação.


Você pode encontrar mais desenhos de crianças sobre o holocausto nesta página: A arte e o holocausto

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9 motivos que provam o quão difícil era ser espartano

Os espartanos podem ter criado um dos melhores exércitos do mundo antigo, mas sua cultura era tão dura que a palavra "espartano" tornou-se sinônimo de uma forma austera de vida. A sociedade de Esparta foi cuidadosamente construída em torno de um rigoroso código de moral e de senso de dever; os espartanos sofriam privações extremas no caminho para tornarem-se aceitos como cidadãos de pleno direito. Da formação militar de adolescentes a trotes patrocinados pelo Estado, explore nove razões pelas quais esses antigos guerreiros gregos tiveram uma existência bem árdua.


1 – Os espartanos tinham que provar sua aptidão desde o nascimento

O infanticídio era perturbadoramente comum no mundo antigo, mas em Esparta, essa prática era organizada e gerida pelo Estado. Todas as crianças espartanas eram levadas perante um conselho de inspetores que as examinavam à procura de defeitos físicos; as que não estavam à altura dos padrões eram deixadas para morrer. O antigo historiador Plutarco escreveu que esses "mal-nascidos" bebês espartanos eram jogados em um abismo ao pé do Monte Taygetus, mas a maioria dos historiadores modernos descarta essa ideia como sendo um mito. Se um bebê espartano fosse considerado incapacitado para o seu futuro dever como soldado, ele seria, provavelmente, abandonado em uma colina próxima. Deixada sozinha, a criança fatalmente morreria, ou seria resgatada e adotada por estranhos.

Os bebês que passavam na inspeção também não tinham vida fácil. Para testar suas constituições, eles eram frequentemente banhados em vinho, em vez de água. Eles também eram frequentemente ignorados quando choravam e ensinados a nunca temer a escuridão ou a solidão. Novamente de acordo com Plutarco, essas "amorosas" técnicas parentais eram tão admiradas por estrangeiros, que as mulheres espartanas eram procuradas por suas habilidades como enfermeiras e babás.


2 – As crianças espartanas eram colocadas em um rígido sistema de educação militar

Agogê
Quando completavam sete anos, os meninos espartanos eram retirados da casa dos pais para iniciarem a "agogê", um regime de treinamento patrocinado pelo Estado concebido para moldá-los em guerreiros qualificados e cidadãos exemplares. Separados de suas famílias e alojados em barracas comuns, os jovens soldados em formação eram instruídos na arte da guerra, na caça, atletismo, dança, canto. Aos 12 anos, esses meninos eram privados de todas as roupas, exceto por um manto vermelho e obrigados a dormir fora da escola, fazendo suas próprias camas com junco. Para prepará-los à vida no campo de batalha, os meninos soldados também eram incentivados a procurar e até mesmo a roubar sua comida, mas se detectados, eram punidos com chicotadas.

Assim como de todos os homens espartanos se esperava que fossem guerreiros, esperava-se de todas mulheres que tivessem filhos. As meninas espartanas eram autorizadas a permanecer com seus pais, mas elas também recebiam uma educação rígida e eram submetidas a um rigoroso programa de treinamento. Enquanto os meninos eram preparados para uma vida em campanha, as meninas praticavam dança, ginástica e arremesso de dardo e disco, que segundo o pensamento espartano, ​​as tornava fisicamente fortes  para a maternidade.


3 – Trotes e brigas eram incentivados entre os jovens espartanos

Grande parte da agogê envolvia assuntos típicos de escola como a leitura, a escrita, a retórica e a poesia, mas o regime de treinamento também tinha um lado vicioso. Para endurecer os jovens guerreiros e incentivar o seu desenvolvimento como soldados, os instrutores e os homens mais velhos muitas vezes instigavam brigas e discussões entre os formandos. O agogê, de certo modo, foi parcialmente projetado para ajudar a tornar os jovens resistentes à dificuldades como o frio, a fome e a dor. Os meninos que mostravam sinais de covardia ou fraqueza estavam sujeitos à provocações e a violência pelos pares e também pelos superiores.

Até mesmo as meninas espartanas participavam desse "bullying" ritualizado. Durante certas cerimônias religiosas e estatais, as meninas compareciam diante dos dignitários espartanos e, em coral,  cantavam canções para os jovens da agogê. Muitas vezes, elas escolhiam rapazes específicos para ridicularizá-los, a fim de envergonhá-los. A intenção era incentivar tais garotos a intensificar os treinamentos.


4 – Os homens espartanos eram soldados por toda a vida

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A vida de soldado era a única opção para os jovens que queriam se tornar cidadãos plenos, ou "homoioi." De acordo com os decretos do legislador e reformador espartano Licurgo, os cidadãos do sexo masculino eram legalmente impedidos de escolher qualquer profissão que não fosse a militar. Esse compromisso podia durar décadas, porque os soldados eram obrigados a permanecer em serviço de reserva até a idade de 60 anos.

Por causa de sua preocupação com a arte da guerra; a indústria e a  agricultura de Esparta ficavam totalmente a cargo das classes mais baixas. Trabalhadores qualificados, comerciantes e artesãos faziam parte da "perioeci", uma classe de cidadãos livres, mas sem todos os direitos dos esparciatas, que vivia na região circundante da Lacônia. Enquanto isso, a agricultura e a produção de alimentos recaía sobre  os hilotas, pessoas escravizadas pelo Estado, uma classe servil que compunha a maioria da população de Esparta. Ironicamente, o medo constante de revoltas e levantes hilotas foi uma das principais razões por que a elite de Esparta tornou-se tão dedicada a construção de um forte regime militar.


5 – Os jovens espartanos eram ritualisticamente espancados e açoitados

Uma das práticas mais brutais de Esparta envolvia o chamado "concurso de resistência", no qual adolescentes eram açoitados, às vezes até a morte, em frente a um altar no santuário de Artêmis Ortia. Conhecida como  "diamastigosis", esta prática anual era originalmente usada como um ritual religioso, um teste de coragem e resistência à dor para os meninos em treinamento. Mais tarde, o ritual transformou-se em um espetáculo sanguinário, imediatamente após Esparta entrar em declínio e  ficar sob o controle do Império Romano. Até o terceiro século d.C existiu um anfiteatro construído especialmente para essa prática,  de modo que um grande número de "turistas" visitava a cidade para assistir o terrível suplício dos jovens espartanos.


6 – Em Esparta, os alimentos eram intencionalmente mantidos escassos

Quando um espartano completava a fase principal da agogê, em torno dos 21 anos, ele ganhava o direito de participar na "syssitia", um refeitório de estilo militar onde os cidadãos se reuniam para as refeições públicas. A fim de preparar os soldados para o esforço de guerra e desencorajar a obesidade, a quantidade de  alimentos distribuída nesses refeitórios comuns era sempre moderada, ligeiramente insuficiente. Os espartanos eram famosos por sua devoção à aptidão física e à dieta adequada; eles tinham uma aversão especial para com os cidadãos com excesso de peso, que eram ridicularizados publicamente e corriam o risco de ser banidos da cidade-estado.

O vinho era um produto básico da dieta espartana, mas raramente se bebia em excesso e os jovens eram sempre advertidos sobre o problema da embriaguez. Em alguns casos, os escravos hilotas eram forçados a desfilar descontroladamente embriagados para os soldados em formação, uma forma de mostrar para os jovens espartanos os efeitos negativos do álcool.


7 – O espartano só era autorizado a viver com sua esposa depois dos 30 anos

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A sociedade espartana não desencorajava o amor romântico, mas o casamento e os filhos eram sujeitos à algumas restrições culturais e governamentais bem peculiares. O Estado aconselhava que os homens se casassem aos 30 anos e as mulheres aos 20 anos. Uma vez que todos os homens eram obrigados a viver em um quartel até os 30 anos, os casais, cujo homem não atingira essa idade, eram forçados a viver separadamente até que o marido completasse seu serviço militar obrigatório.

Os espartanos viam o casamento principalmente como um meio para conceber novos soldados e os cidadãos eram incentivados a considerar a saúde e a aptidão de seu companheiro antes de viverem juntos. Na verdade, esperava-se dos maridos que fossem incapazes de ter filhos, que procurassem substitutos viris para engravidar suas esposas. Da mesma forma, os solteiros eram vistos como negligenciando o seu dever sagrado de gerar novos soldados, sendo muitas vezes publicamente ridicularizados e humilhados nas festas religiosas.


8 – Para um espartano, render-se era a humilhação suprema

Os soldados espartanos eram treinados para lutar sem medo até o último homem. A rendição era vista como a epítome da covardia e os guerreiros que voluntariamente entregavam as armas ficavam tão envergonhados, que muitas vezes recorriam ao suicídio. De acordo com o historiador Heródoto, dois soldados espartanos que lutaram na famosa Batalha das Termópilas retornaram à sua terra natal em desgraça. Um se enforcou e o outro só teve sua honra restaurada depois  de morrer lutando em outra guerra.

Se um soldado espartano morresse em batalha, ele era visto como tendo completado o seu dever como cidadão. Na verdade, a lei espartana determinava que apenas duas classes de pessoas podiam ter seus nomes inscritos em suas lápides: as mulheres que morriam no parto e os homens que tombavam em combate


9 – Nem os reis espartanos tinham vida fácil

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Os reis espartanos estavam sujeitos a muitas das mesmas leis e convenções sociais impostas a seus súditos, entre elas, a agogê. Os monarcas de Esparta podiam ser punidos caso sua liderança militar fosse considerada inapta em tempos de guerra; às vezes eles também eram censurados por coisas aparentemente triviais. De acordo com o antigo historiador Teofrasto, o rei Arquídamo foi multado por se casar com uma mulher pequena, porque os espartanos acreditavam que ela daria à luz "régulos" em vez de reis.

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25 fotografias "descontraídas" da Segunda Guerra Mundial

Não há nenhuma graça na guerra, não obstante, os soldados envolvidos na Segunda Guerra Mundial, por vezes, foram fotografados em situações constrangedoras, divertidas ou apenas humanas. São flagrantes de descontração que fariam sucesso em qualquer rede social, caso elas existissem na época.

 
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Um piloto britânico, baseado na Líbia, recebe o carinho de seu mascote, na cabine de um P-40.



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Um pouco de solidariedade para com a mulinha!



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Voyeurismo em tempos de guerra!



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E todos dormem em paz!



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O sargento americano Neil I. Shober compartilha bananas com uma cabra durante a Batalha de Saipan



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Beija-me enquanto puderes!



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Soldados alemães se preparando para atravessar um rio



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Pela careta, a comida estava deliciosa!



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Hoje tem espetáculo? Tem, sim senhor?



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Um descontente saúda o Füher


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Guerra de bolas de neve entre soldados alemães



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Os nazistas envolvidos em uma corrida de bigas



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Nem só de metralhadoras vive o homem!



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Décadas mais tarde, Michael Jackson usaria essa ideia!



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Vida de soldado é mesmo difícil!



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Se Hitler te pega…


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Isso com certeza é complexo de inferioridade



Nurses

Nada melhor do que uma boa pelada de domingo!



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Por um triz!



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Três perigosos nazistas brincam com um gatinho



Lace

Capacete com rendas. Porque é preciso ser fashion!



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Um submarinista lançando um torpedo



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Um soldado russo alimenta uma coruja



Franz von Vera e seu gatinho de estimação



Dance

Por que guerrear, se podemos todos dançar juntos?

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